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O Caminho dos Sete Sentidos, de Manuela Gonzaga
9,60€12,50€Título O Caminho dos Sete Sentidos
Autor Manuela Gonzaga
Colecção Ouro Potável
Formato 150 x 220 mm
Páginas 84 págs.
ISBN 978-989-54825-9-7
Acabamento Capa mole
Ano 2021Preço 14,00€
SOBRE A OBRA
Conhecida sobretudo por um trabalho notável na área da biografia histórica, género aparentemente fácil, onde se tem destacado pelo rigor e seriedade da pesquisa, que não menos pelo apuro e limpidez da escrita, Manuela Gonzaga faz com esta obra a sua estreia em livro na área da poesia, género em que há muito escreve, e de que tem publicação dispersa. Também aqui, a escritora alia uma extrema exigência e rigor formais a uma linguagem de forte pendor incantatório, mítico, roçando por vezes o místico, oferecendo-nos neste livro uma obra de maturidade, de uma enorme sabedoria e beleza.
SOBRE A AUTORA
Natural do Porto, viveu a adolescência e parte da juventude em Moçambique e Angola, onde começou a carreira de jornalista. Vêm dessa vivência as suas fortes ligações ao mundo lusófono.
Historiadora e investigadora (CHAM), doutoranda em História na FCSH / UNL., com catorze títulos publicados, é autora de obras em géneros que vão do romance à biografia, dos contos ao ensaio e à literatura juvenil. A sua colecção ‘O Mundo de André’ soma quatro títulos e integra o Plano Nacional de Leitura.
Os seus livros têm conquistado um público vasto e diversificado, a ponto de alguns deles serem hoje uma referência académica, nomeadamente as biografias históricas. Com obra traduzida em francês, dois dos seus títulos integram disciplinas de Estudos Portugueses (Univ. Aix-Marseille), sendo a sua obra Imperatriz Isabel de Portugal, de 2012, (sete edições em Portugal, quatro em França) curricular no curso de tradução de biografias históricas.
Galardoada em 2021 com o Prémio Femina/Matriz Portuguesa (“Pelo estudo e divulgação da cultura, história e sociedade de matriz portuguesa no estrangeiro e na lusofonia”), é membro de Honra da Unión Hispanomundial de Escritores UHE Moçambique e membro honorário do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora. Em 2000 abandonou o jornalismo para se dedicar à escrita e à investigação a tempo inteiro. -
Transolitariano, de Vitor Vicente
7,50€12,50€Título Transolitariano
Autor Vitor Vicente
Colecção Torre Gelada
Formato 15 x 21 cm
Páginas 72
ISBN 978-989-54825-7-3
Acabamento Capa mole
Ano 2021Preço 12,00€
Na sequência de «O Apeadeiro» (2017) e «Alfândega» (2019), obras editadas na Sem Nome, Vitor Vicente mantém-se fiel ao seu selo identitário de escritor: a viagem — a segunda natureza do escritor. Patente em toda a sua obra, e também neste décimo título do autor. Trânsito espiritual de um viajante no comboio Transiberiano. Outro andamento. O interior em movimento.
O AUTOR
Vitor Vicente (1983)
Nasceu em Portugal e desde 2006 tem vivido entre Espanha, Irlanda, Polónia e Hungria, residindo atualmente em Cork.A OBRA
Publicou livros de vários géneros literários, sendo o tema da viagem transversal a toda a sua obra.
Sonetos nem sempre Silesianos, 2016 (Poesia)
O Apeadeiro, 2017 (Teatro)
Avião de Papel, 2018 (Contos)
A Alfândega, 2019 (Ficção)
Israel, Jezebel, 2019 (Memórias)
Ambulatório, 2019 (Poesia)
Bravo, Brasil, 2020 (Memórias)
Fúria de Viajar, 2021 (Memórias)
Sobre Vivências em Barcelona, 2021 (Memórias)
Transolitariano, 2021 (Memórias)
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ESGOTADO
Cadáver Esquisito, Jorge Velhote | m. parissy | Vitor Vicente (série numerada e assinada – últimos exemplares)
15,00€Título Cadáver Esquisito
Autores Jorge Velhote, m.parissy e Vitor Vicente
Formato 20 x 20 cm
Página 32 páginas
Papel 120 g
Descrição 21 poemas (7 de cada autor)
Créditos das fotografias: Jorge Velhote
Tiragem 20 exemplares numerados -
Vida Nua, de Paulo Borges
11,05€13,00€Título Vida Nua
Autor Paulo Borges
Colecção Ouro Potável | 6
Formato 13,5 x 21 cm
Páginas 68
Fotografias:
Vlad Dumitrescu (capa/contracapa e anterrosto)
Adama (folha de guarda da capa)
ISBN 978-989-54825-1-1
Acabamento Capa mole
Ano 2021Preço 13,00€
Sobre esta obra
Este é um livro singular, se não mesmo único.
Apresentando-se sob a aparência de um volume de pensamentos aforísticos, o sub-título Livro dos Livros e a identificação de cada um dos textos que o constituem (todos eles sob a designação de Livro de…) mostram, todavia, estarmos perante uma verdadeira biblioteca, indexada alfabeticamente, em que cada aforismo pode, em si mesmo, ser considerado como um livro, dado que o olhar que manifesta é uma visão plena sobre a vida e o seu sentido.
Em Vida Nua, se bem que o todo seja maior que a soma das partes, cada uma destas é tão rica quanto a totalidade delas.
Estamos diante uma obra de sapiência de um autor na plena maturidade do seu pensamento e cosmovisão.
Sobre o autor
Professor universitário, ensaísta, filósofo, poeta e escritor, Paulo Borges tem procurado, desde meados dos anos 80, revisitar a História de Portugal e os seus mitos fundadores, exaltantes ou encobertos, repensar a “verdade, condição e destino” de Portugal, enquanto Pátria da Saudade e projecto armilar para o mundo, pensando em português questões e problemáticas que, assentes num olhar lusíada e lusófono, são temas de interesse e importância universal.
Autor de uma vastíssima obra (tem mais de 60 obras publicadas) – tendo-se detido em especial no pensamento do Padre António Vieira, Teixeira de Pascoaes e Agostinho da Silva –, Paulo Borges tem abordado um vasto leque de áreas e temas como a Saudade, Sebastianismo e Messianismo, Filosofia da Religião, Filosofia e Meditação, Estudos Contemplativos, Filosofia da Consciência, Diálogo Inter-Espiritual e Inter-Religioso, bem assim como a Ecologia Espiritual e a Filosofia da Natureza.
Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador do Centro de Filosofia da mesma Universidade. Membro correspondente da Academia Brasileira de Filosofia. Sócio-fundador do Instituto de Filosofia Luso- Brasileira. Ex-presidente (2005-2013) e membro da Direcção da Associação Agostinho da Silva. Sócio-fundador e ex-presidente (2002-2014) da Direcção da União Budista Portuguesa. Presidente do Círculo do Entre-Ser, associação filosófica e ética que visa promover uma ética e uma espiritualidade laicas e holísticas, transversais a crentes e descrentes, baseadas no reconhecimento da interdependência de todos os seres e formas de vida. É sócio-fundador e presidente da MYMA Portugal – Associação para a Cultura Contemplativa, desde 2019. Autor do programa de formação reflexiva e meditativa “O Coração da Vida”. Professor de Meditação, tem realizado centenas de cursos, workshops e retiros em Portugal e no estrangeiro.
Recebeu um doutoramento “honoris causa” pela Universidade Tibiscus, de Timisoara (Roménia), em 12 de Junho de 2017.
Recebeu o prémio Ibn Arabi Taryumán 2019, atribuído pela MIAS Latina, pela sua investigação e obra no domínio da espiritualidade e do diálogo inter-religioso, em Ávila, na Universidade da Mística, em 11 de Maio de 2019.
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Refracções seguido de A Morte Inédita, Jorge Maximino
8,40€14,00€Título Refracções seguido de A Morte Inédita
Autor Jorge Augusto Maximino
Colecção Torre Gelada
Formato 13 x 20 cm
Nº páginas 72 págs.
Acabamento capa mole
ISBN 978-989-54825-3-5
Ano 2021Preço 14,00€
Sobre a obra
Porventura mais conhecido como ensaísta (é monumental a sua tese de doutoramento sobre António Ramos Rosa, defendida na Sorbonne), Jorge Maximino é uma voz singular, com uma escrita “cada vez mais suspens[a] dos dias” — tal como se diz num dos poemas deste livro. A sua pictórica tem-se apresentado, diríamos, “impressionista” das emoções — não fora tal designação remeter para um referencial que, não sendo impreciso, seria todavia enganador. Nas próprias palavras do poeta, esta poesia enuncia-se “entre enredos de parcas palavras”, num quase “regresso austero ao puro silêncio”. Talvez na busca daquele “ abrigo de penumbra” que se “adensa no mistério”.
Como diz Lilian Jacoto, professora na Universidade de São Paulo, no posfácio a esta obra: Tenho para mim que esse dom que excede o facto (a memória e a lógica do real) seja o fio condutor destes poemas. No tempo excessivo da saudade, em que passado e futuro se amalgamam. O outrora agora do poeta — é olhar que, com a mesma intensidade, delira e estranha o Acontecimento. Escrever é o gesto de outra mais funda abertura que viola as interdições do logos, como olhar imóvel de regresso a uma infância de paisagens criadas — uma “deambulação da criança que nunca acaba de nascer”.|
Sobre o autor
Jorge Augusto Maximino é escritor, professor universitário e investigador, com doutoramento em Estudos Portugueses pela Universidade de Paris-Sorbonne. Foi investigador e docente na Universidade de Pádua-Cátedra Manuel Alegre, entre 2017 e 2019. Investigador (Clepul e Ielt, UNL), na área da literatura, estética e teoria da cultura, tem orientado o seu trabalho para as problemáticas do tempo. Assinou a programação e coordenação de projectos internacionais como Portugal e a Europa (Paris, 1994), numa parceria com o Centro Georges Pompidou, o Festival do Imaginário (1996-1999), com o Ministério da Cultura e a Fundação Calouste Gulbenkian, a Bienal Internacional do Douro, a Mostra de Arte Contemporânea do Côa. Ė fundador e director do Festival de Poesia de V.N. de Foz Côa e da Revista Lusografias, da qual foi editor (2005-2006), e o coordenador científico do Ciclo de Conferências internacionais A Europa dos Escritores, que se realiza na Biblioteca Eduardo Lourenço desde 2019. É autor de um livro de contos e de vários livros de poesia. Foi responsável pela edição e organização de várias antologias de poesia, das quais se destaca uma publicação bilingue editada em Paris, em colaboração com Nuno Júdice e Pierre Rivasl.
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Ensaios de Espelho, de Rui de Azevedo Teixeira
12,95€18,50€Título Ensaios de Espelho
Autor Rui de Azevedo Teixeira
Colecção Heteróclita & guerra
Formato 15 x 23,5 cm
Nº páginas 240 págs.
Acabamento capa mole
ISBN 978-989-54825-0-4
Ano 2020Rui de Azevedo Teixeira, o nome de referência nas relações literatura e guerra, reúne neste volume ensaios que se estendem ao longo de três décadas. Para lá da temática literária e social, e das questões lusófonas, ocupam lugar de destaque nesta obra o amor e a questão bélica — tratada, segundo Vasco Graça-Moura, com “extrema dureza”.
Após panorâmicos textos de abertura, o autor escreve sobre personalidades guerreiras como Alpoim Calvão, Jaime Neves e Carlos Matos Gomes, e os escritores Lídia Jorge, Manuel Alegre e Carlos Vale Ferraz, o trio canónico da literatura centrada na Guerra de África 1961-1974. A temática do amor é abordada em trabalhos sobre autores que vão desde Hélia Correia, Vasco Graça-Moura e Lobo Antunes a Vasco Pulido Valente, Helder Macedo e Clara Pinto Correia.
O livro inclui importantes ensaios à volta do problema do cânone, da figura do crítico público (no texto sobre o polémico Marcel Reich-Ranicki) ou os temas do escritor lendário e da integridade artística em Hemingway. Mas há também a problemática social, nos ensaios sobre Orlando da Costa e Leão Penedo, e a questão lusófona em Manuel Alegre, António Bondoso, Pepetela e Mucavele. Há também textos sobre o cinema de Manoel de Oliveira e António-Pedro Vasconcelos. Assinale-se o facto, que cremos inédito entre nós: a publicação, em livro, de uma arguição de doutoramento — em torno de Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, António Ferro e Almada.
Com uma linguagem estimulante e um estilo “enérgico e eminentemente sedutor” (Eugénio Lisboa), Rui de Azevedo Teixeira não raro quase nos faz esquecer estarmos perante textos de análise literária ou revisitação histórica.
O AUTOR
Minhoto, Rui de Azevedo Teixeira foi alferes dos comandos em Angola, professor do liceu e assistente universitário em Portugal e na África lusófona, empresário na área da consultoria, professor universitário na Alemanha, onde se doutorou, e em Portugal, onde agregou por unanimidade. Conhece todo o antigo Império Português, excepto Timor que será a sua última grande viagem lusófona. Dedica-se hoje inteiramente à escrita e à sua quinta na milenar Argivai, Póvoa de Varzim.OBRAS
A Guerra Colonial e o Romance Português – Agonia e Catarse, 1998 (1ª e 2ª ed.).
A Guerra e a Literatura, 2001.
O Leitor Hedonista – Sobre o romance contemporâneo português e outros textos, 2003.
Uma Proposta de Cânone, 2005.
A Guerra de Angola 1961-1974, 2010.
Homem de Guerra e Boémio – Jaime Neves por Rui de Azevedo Teixeira, 2012 (1ª e 2ª ed.).Livros organizados
A Guerra Colonial: Realidade e Ficção, 2001, org. Rui de Azevedo Teixeira.
A Guerra do Ultramar: Realidade e Ficção, 2002, org. Rui de Azevedo Teixeira.
O Amor (Im)possível – Poemas escolhidos (1982-2002), de Fernando Tavares Rodrigues, 2002, selec. e pref. de Rui de Azevedo Teixeira.Orientação Científica
Dissertações de Mestrado e de Doutoramento.Vária
Organizou, com Ana de Sousa Moniz, o I Congresso Internacional sobre a Guerra Colonial, tendo organizado também o II Congresso Internacional sobre a Guerra do Ultramar.
Deu cursos em Angola e Moçambique e um cursilho em França. Fez conferências diversos países europeus (Áustria, Hungria, Eslováquia, República Checa, Alemanha e Portugal) e em Goa.
A convite da respectiva Embaixada, fez um Visitor’s Program aos EUA. -
Sete Cânticos de Thoth, Étienne Perrot|Yvette Centeno
10,00€12,50€Título Sete Cânticos de Thoth
Autor Étienne Perrot
Imagens da capa, contra-capa e badanas Lâminas IX, X e L de Atalanta Fugiens, de Michael Maier
Tradução Yvette K. Centeno
Apresentação, comentários e notas Yvette K. Centeno
Org. e pesquisa iconográfica Luiz Pires dos Reys
Colecção Ouro Potável | 4
Formato 13,5 x 21 cm
Páginas 56 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2020Preço 12,50€
Sobre Yvette K. Centeno
Poeta, ficcionista, autora dramática, tradutora (traduziu Bertolt Brecht), doutorada em Filologia Germânica e docente jubilada da Universidade Nova de Lisboa, onde dirigiu o gabinete de Estudos de Simbologia. Colaboradora em várias publicações periódicas, tem-se destacado no domínio do ensaio com uma série de investigações sobre as relações entre a literatura e o hermetismo, interesse que condiciona uma produção literária atenta ao poder alquímico do símbolo (“A matéria das obras, alquímica ou literária, é a matéria da vida. Tudo é um (…) a partir da obra literária se pode chegar à descoberta do superior e do inferior nela, do impulso que a anima e da estrutura que a ordena num todo coerente. A obra é reflexo do homem, e o homem, centro do universo, é reflexo de Deus.”, in Literatura e Alquimia, Lisboa, 1987, p. 8). Na ficção, sob o influxo de Pessoa, assume o romance “como género meditativo sem chegar ao romance-ensaio, elegíaco sem cair no domínio da prosa poética, de narração fragmentada e governada pela temporalidade interior sem por isso se integrar nos domínios do experimentalismo ou dos fluxos caóticos da consciência”. (SEIXO, Maria Alzira – Portugal, A Terra e o Homem, 2.a série, Lisboa, 1983, p. 411). Na dramaturgia, estreou-se em 1974 com um volume de teatro de tendência experimental, Teatro Aberto, onde reuniu doze exercícios dramáticos.
Inédita em português, esta obra é constituída por um conjunto de poemas alquímicos colocados sob a égide de Thoth, deus egípcio tido como pai da Arte Hermética. Os poemas surgem com reprodução fac-simile do original francês, acompanhados da tradução, comentários e notas de Yvette K. Centeno. Em adenda, reproduz-se o poema Post-scriptum, de 1972.
De pendor tradicional pelo estilo, das estrofes destes Sete Cânticos de Thoth emana um profundo significado simbólico e hermético, fruto — como nota Yvette Centeno, na introdução — da “condensação de um saber que já só a palavra poética pode exprimir completamente”.O livro inclui, como chave de apoio à sua decifração, 21 lâminas extraídas das seguintes obras alquímicas:
* Atalanta Fugitiva (Atalanta Fugiens, 1617), de Michael Maier.
* Tratado da Pedra Filosofal (De lapide philosophico, 1677), de Lambsprinck.
* Rosário dos Filósofos (Rosarium philosophorum, 1550), texto anónimo.Sobre o autor
Étienne Perrot (1922-1996) nasceu em Audierne e fez os seus estudos de Letras na Universidade da Sorbonne em Paris. Manifestou desde cedo grande interesse por questões espirituais e herméticas. Como diz num apontamento autobiográfico: Depois de ter lido os místicos e os esoteristas, o que foi que me levou à alquimia, em 1956? A exigência de uma via própria de realização, mas acima de tudo de uma via que desenvolvesse as possibilidades fundamentais do ser humano, permitindo que as levasse a bom termo. Perrot acreditava que “os sinais têm um cunho universal, são mais do que pertença de cada um, e não devem por isso ser retirados ao mundo”.
A ele se deve a tradução para francês de toda a segunda fase da obra de Jung, em cuja linha Étienne Perrot exerceu a sua actividade de psicólogo.
Yvette K. Centeno, então em Paris, em trabalho de investigação, recebeu do autor o original do conjunto de poemas agora dado a público quando, já de regresso a Portugal, deixou de frequentar os célebres seminários de Perrot, que lhe tinham sido sugeridos por Henri Michaux.Da sua obra, destacam-se os seguintes títulos:
- La Voie de la Transformation d’après C.G. Jung et l’alchimie, 1970.
- Les Rêves et la Vie, 1979.
- Coran Teint, le Livre Rouge, 1979.
- Les Trois Pommes d’Or (Commentaire sur l’Atalante fugitive de Michel Maïer), 1981.
- L’Aurore Occidentale- Libres méditations sur le Lever de l’Aurore, 1982.
- La Consolation d’Isaïe, 1982.
- Des Étoiles et des Pierres. Méditation sur la voie alchimique, 1983.
- Le Jardin de la Reine, 1985.
- De Dieu aux dieux – un chemin de l’accomplissement, 1989.
- Chronique de la vie liberée, 1990.
- Mystique de la Terre, 2002.
Para lá de uma imensa lista de obras de Carl Gustav Jung e de Marie-Louise von Franz, traduziu o Tao Te King, o I King, Le Secret de la Fleur d’or, Atalante Fugitive, Le Rosaire des philosophes.
É, ainda hoje, difícil ter a exacta percepção daquilo que devemos a Étienne Perrot na ponte que soube estabelecer entre o depósito da sabedoria tradicional e hermética, na civilização europeia, e os tesouros imemoriais afins, no Extremo Oriente e no Oriente Médio.
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ESGOTADO
Sete Cânticos de Thoth (ed. especial) É. Perrot|Yvette Centeno
17,50€Série Especial, limitada a 10 cópias numeradas de I/X a X/X, assinadas por Yvette K. Centeno, que recolheu, traduziu, apresentou e comentou os Sete Cânticos de Thoth (Sept Chants de Taut), de Étienne Perrot.
Título Sete Cânticos de Thoth (Série Especial)
Autor Étienne Perrot
Imagens da capa, contra-capa e badanas Lâminas IX, X e L de Atalanta Fugiens, de Michael Maier
Tradução Yvette K. Centeno
Apresentação, comentários e notas Yvette K. Centeno
Org. e pesquisa iconográfica Luiz Pires dos Reys
Colecção Ouro Potável | 4
Formato 13,5 x 21 cm
Páginas 56 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2020Preço 17,50€
Inédita em português, esta obra é constituída por um conjunto de poemas alquímicos colocados sob a égide de Thoth, deus egípcio tradicionalmente tido como o pai da Arte Hermética. Os poemas surgem com reprodução fac-simile do original francês, acompanhados da tradução, comentários e notas de Yvette K. Centeno. Em adenda, reproduz-se o poema Post-scriptum, de 1972.
De pendor tradicional pelo estilo, das estrofes destes Sete Cânticos de Thoth emana um profundo significado simbólico e hermético, fruto — como nota Yvette Centeno, na introdução — da “condensação de um saber que já só a palavra poética pode exprimir completamente”.O livro inclui, como chave de apoio à sua decifração, 21 lâminas extraídas das seguintes obras alquímicas:
* Atalanta Fugitiva (Atalanta Fugiens, 1617), de Michael Maier.
* Tratado da Pedra Filosofal (De lapide philosophico, 1677), de Lambsprinck.
* Rosário dos Filósofos (Rosarium philosophorum, 1550), texto anónimo.Sobre o autor
Étienne Perrot (1922-1996) nasceu em Audierne e fez os seus estudos de Letras na Universidade da Sorbonne em Paris. Manifestou desde cedo grande interesse por questões espirituais e herméticas. Como diz num apontamento autobiográfico: Depois de ter lido os místicos e os esoteristas, o que foi que me levou à alquimia, em 1956? A exigência de uma via própria de realização, mas acima de tudo de uma via que desenvolvesse as possibilidades fundamentais do ser humano, permitindo que as levasse a bom termo. Perrot acreditava que “os sinais têm um cunho universal, são mais do que pertença de cada um, e não devem por isso ser retirados ao mundo”.
A ele se deve a tradução para francês de toda a segunda fase da obra de Jung, em cuja linha Étienne Perrot exerceu a sua actividade de psicólogo.
Yvette K. Centeno, então em Paris, em trabalho de investigação, recebeu do autor o original do conjunto de poemas agora dado a público quando, já de regresso a Portugal, deixou de frequentar os célebres seminários de Perrot, que lhe tinham sido sugeridos por Henri Michaux.Da sua obra, destacam-se os seguintes títulos:
- La Voie de la Transformation d’après C.G. Jung et l’alchimie, 1970.
- Les Rêves et la Vie, 1979.
- Coran Teint, le Livre Rouge, 1979.
- Les Trois Pommes d’Or (Commentaire sur l’Atalante fugitive de Michel Maïer), 1981.
- L’Aurore Occidentale- Libres méditations sur le Lever de l’Aurore, 1982.
- La Consolation d’Isaïe, 1982.
- Des Étoiles et des Pierres. Méditation sur la voie alchimique, 1983.
- Le Jardin de la Reine, 1985.
- De Dieu aux dieux – un chemin de l’accomplissement, 1989.
- Chronique de la vie liberée, 1990.
- Mystique de la Terre, 2002.
Para lá de uma imensa lista de obras de Carl Gustav Jung e de Marie-Louise von Franz, traduziu o Tao Te King, o I King, Le Secret de la Fleur d’or, Atalante Fugitive, Le Rosaire des philosophes.
É, ainda hoje, difícil ter a exacta percepção daquilo que devemos a Étienne Perrot na ponte que soube estabelecer entre o depósito da sabedoria tradicional e hermética, na civilização europeia, e os tesouros imemoriais afins, no Extremo Oriente e no Oriente Médio.
Entrevista à RDP-Antena 2 (programa Império dos Sentidos, de Paulo Alves Guerra) no dia 7 de Fevereiro de 2019, por ocasião do 80º aniversário de Yvette K. Centeno, data que esta edição de “Sete Cânticos de Thoth” pretende assinalar:
https://www.rtp.pt/antena2/destaques/no-80-aniversario-de-yvette-centeno-7-fevereiro_4445 -
Restauração, de Francisco Soares
10,00€Título Restauração
Autor Francisco Soares
Colecção Ouro Potável | 3
Formato 13,5 x 21 cm
Nº páginas 40
Imagem da capa “O Alquimista” (segundo Fulcanelli), Notre Dame de Paris
Acabamento Capa mole
Ano 2020Preço 10,00€
SOBRE A OBRA
Francisco Soares — que, desde os anos oitenta, tem publicado poesia dispersamente, a maior parte das vezes assinando com outros nomes —, quase trinta anos depois de dar à estampa Disperso & Vário, livro assinado como Francisco Divor, regressa com esta obra à publicação de poesia em livro. Senhor de uma oficina de linguagem de extrema depuração, o poeta leva a palavra aos primórdios do seu impulso criador, conferindo ao dizer um forte cunho de sagração da vida, doador de um sentido maior à existência do homem e do mundo. O poeta mantém desde sempre uma discrição rara, mas exemplar, na sua presença pública.
Se quiséssemos definir Francisco Soares em breves palavras, elas seriam: Poeta, em tudo poeta.SOBRE O AUTOR
Professor universitário, investigador na área da teoria da literatura, com incidência especial na literatura africana e incursões de relevo na literatura brasileira, o poeta é um autêntico viandante das sete partidas.
Professor associado, com agregação, da Universidade de Évora, leccionou em várias Universidades de Angola, de que foi professor titular, tendo sido Vice-Reitor da Universidade Independente de Angola, na qual fundou a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. É actualmente Professor Visitante na Universidade Federal do Rio Grande-FURG.
É membro do CITCEM (FLUP), Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória».
Co-fundou e coordenou o Mestrado em Estudos Lusófonos da Universidade de Évora, tendo sido co-fundador do ACTAE – Centro de Investigação em Ciências Políticas e Sociais, hoje associado ao NICPRI.Tem colaboração dispersa em jornais, e artigos científicos em revistas da especialidade (Literatura, Literaturas Africanas, Teoria da Literatura), sobretudo em países lusófonos.
Editou na INCM, entre outros autores, David Mestre, Mário António, Pedro Félix Machado, Geraldo Bessa Victor, Tomás Vieira da Cruz e Costa Alegre, tendo organizado, prefaciado e lá dado à estampa uma importante Antologia da Nova Poesia Angolana (1985-2000) e um volumoso trabalho que modestamente chamou Notícia da Literatura Angolana, de 2001, igualmente editado pela INCM. -
Alma de Rapariga-Diário de F. de Riverday, Adriana Crespo (últimos exemplares)
15,00€20,00€Título Alma de Rapariga – Diário de F. de Riverday (1980-81)
Autor Adriana Crespo
Colecção Torre Gelada | 15
Formato 13,5 x 21 cm
Páginas 164 págs.
Imagem da capa Adriana Crespo, desenho a grafite s/ papel, 2019
Ilustrações 23 desenhos da autora impressos sobre papel vegetal
Projecto e direcção de arte Luiz Pires dos Reys
Assistência de produção Xénia Pereira
Ano 2019
Acabamento Capa mole, com sobre-capa impressa a cores sobre papel vegetal.Preço 20,00€
Um novo livro de Adriana Crespo. Ou melhor: um novo elo na “saga vital e amorosa”(palavras da autora) que, desde 1991, constitui o que a escritora, desde início, designa Divertimento de A., substantivo que deve ser entendido também musicalmente: como género, como fio condutor, como variedade, como unidade plural. Unidade multivária de autores e de personagens mútuos dos livros uns dos outros, na sempre surpreendente e fascinante Aventurosa vida e fabulosas obras de F. de Riverday, Maria do Mar, Françoise M., Orlando I, António Pizarro e Artur B.
Como a própria autora o diz: Há escritores que escrevem poesia, outros prosa, outros teatro. Outros escrevem coisas que são difíceis de qualificar. Talvez de milénio em milénio se produza o acontecimento ou o dia triunfal que permita criar um novo género — a arma adequada a um novo instinto poético e a força própria de uma acção particular. A cada instinto uma força — a cada força uma linha de fuga.
Escrita numa peculiar forma de diário, a obra não chega a abranger o período de um ano completo. Talvez, quem sabe, para dizer-nos que a vida raramente (ou nunca) chega a ser completa e plena, sendo quase sempre apenas forçada a tornar-se completada pela morte, seja ela escolhida ou acolhida.
- de Riverday começa por fugir de casa. Depois, acaba por, na demanda de si, fugir até de si mesma. As perguntas que, em certo passo do livro, faz a si própria, fá-las também a nós, leitores:
Rio!…
Espaço liso de velocidades livres.
Fluxo incandescente – rio de ouro, rio de prata líquida, rio de estrelas brilhantes e de água infinita sem destino, que em espirais se lança num espaço por fazer.
Não se sabe nunca por onde vai a água nos trajectos mínimos que escapam aos grandes.
Quem eras tu quando nasceste, corpo de água em que a minha alma navega?
Quem era eu quando nasci?
Quem estava aí, nesse corpo tão pequeno quando irrompeu de outro corpo, e nesses opacos olhos abertos, gritos mudos de haver alma?…
Quantas ínfimas gotas de água, e depois, quantos rios se juntaram a ti, para te formar?…
E quem te habitará, quando morreres, quem estará aí para te ver finalmente chegar, ó grande mar?…
Quem será aquele que terá olhos para olhar nos olhos a grande morte dos traçados singulares, o mar imenso com extensão de sinfonia?…
Já não serás o rio, serás só o mar.Talvez seja esta a sublime mediatriz das asas deste livro de Adriana Crespo.
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ESGOTADO
Eu sou este rosto enxuto, este canto interdito,Rodrigo Emílio
18,00€Título Eu sou este rosto enxuto, sou este canto interdito (Ed. comemorativa 75 anos do nascimento)
Autor Rodrigo Emílio
Colecção Egrégios | 1Selecção de textos e organização Luiz Pires dos Reys
Poema-pórtico José Valle de Figueiredo
Prefácio José AlmeidaFormato 13,5 x 21 cm
Nº páginas 120 págs
Ilustrações fotografias, fac-similes, poemas-autógrafo, inéditos.
Ano 2019Esta edição assinala os 75 anos do nascimento e os 15 da morte do poeta Rodrigo Emílio (1944-2004), tendo contado com o apoio institucional do Município de Tondela e da Junta de Freguesia de Parada de Gonta.
O volume, que recolhe poesia e prosa do autor de “Mote Para Motim”, procura fazer jus a um poeta hoje injustamente esquecido. Com a presente recolha, dá-se a público um conjunto de textos (poemas, uma novela quase-poema e um “Manifesto de auto-poética”, para lá de um conjunto de textos ainda inéditos) que mostram aspectos menos conhecidos da obra de Rodrigo Emílio.
O volume, encimado por um poema-pórtico de José Valle de Figueiredo, amigo do poeta e um dos seus primeiros editores, tem prefácio de José Almeida, que coordena a edição completa da Obra Poética de Rodrigo Emílio, em fase de preparação.*** * ***
Sobre a poesia de Rodrigo Emílio
Pinharanda Gomes, in D.N., 5/8/71:
«Testemunha Rodrigo Emílio uma alta sabedoria da arte da criação poética, através da qual demonstra que a criação é sempre criação de alguma coisa, e que os compromissos vitais urgem ao poeta.»João Maia, in “Brotéria”, Dez 1971:
«A Poesia de Rodrigo Emílio confia na nobreza de conteúdo e dito. […] Quem escolhe com sinceridade e verdade, prévios dotes expressivos, encontra na arte aquele lugar que não é mistificação, é coerência, é exemplo, é conforto de quem lê. […] Há neste poeta como uma frescura à Rimbaud, e uma coragem que se zebra de afecto, de humanismo, de comunicação e diálogo.»Natércia Freire, in DN, 9/09/71:
« “Antes de tudo a música”, dizia Verlaine. Relacionando os fonemas, Rodrigo Emílio não põe na sua poesia nenhuma obscuridade. Pelo contrário. A música abre a matéria, desventra-se e, ao mesmo tempo, alimenta-a, como se fosse água e, logo após o voo, liberto pelo espírito da palavra, lhe dissesse: “bebe”! »Pinharanda Gomes, in “Diário do Minho”, 12 Fev 1972:
«Quem destina o mote é o poeta. O motim é a poesia feita acção. Não só o poema designado por palavras, mas acção cifrada em sinais visíveis, vocábulo de arte poética para animar o mundo, para decidir do segredo, do mote para motim.»Goulart Nogueira, in “Época”, 17/06/71:
«Tenho apontado duas coordenadas essenciais da grande poesia: profundidade e intensidade; duas geratrizes: penetração e complexidade; dois movimentos: pensamento e sentimento; dois pólos: expressão e comunicação. Tenho falado nas zonas de penetração de uma obra de arte, dependentes da própria obra e do fruidor. Tenho sublinhado que existe obra perfeita e menor, citando o exemplo dado por Chesterton, de duas circunferências infinitas mas uma com círculo maior do que a outra. A questão consiste nos mundos implicados, ao receber e ao transmitir, ao gerar e ao dar à luz.
Rodrigo Emílio endereça-se; poesia de vastas respirações. A sua obra é um exercício vivido e vigilante para não falhar o destino; sem concessões aos ditadores da glória.» -
ESGOTADO
Levedura – A Trilogia do Silêncio (2ªEd.) João Rasteiro
14,00€Título Levedura – A Trilogia do Silêncio (2ª edição revista)
Autor João Rasteiro
Colecção Torre Gelada
Edição 2ª edição (revista e acrescentada)
Páginas 120 págs.
Formato 14 x 19 cm
Imagem da capa Pere Salinas (‘De la serie “… per un vers teu” ‘)
Fotografia do autor (créditos) Carl Blomberg
Acabamento Capa mole
Ano 2019Preço 14,00€
Nesta 2ª edição foi acrescentado um texto crítico de Fernando de Castro Branco na Marginália, secção onde figuravam já textos de José Manuel de Vasconcelos, Rita Taborda Duarte, Maria Irene Ramalho e Fernando Guimarães.
Sobre o livro:
Maria Irene Ramalho:
Todo o poeta lírico na cultura ocidental, sempre cativa do belo mito da originalidade, se re-imagina um desvio: do mundo, da vida, da norma, do saber, do sagrado, da língua, da tradição. E da própria poesia, como a melhor forma de a celebrar – à poesia. João Rasteiro não é excepção. […] A poesia de João Rasteiro demonstra, aliás, claramente aquilo que eu tenho vindo a dizer há muito tempo: a poesia escreve-se na poesia. Poderíamos até dizer que cada vez mais a poesia “recicla” o poético.Rita Taborda Duarte:
O que parece sobressair nestes poemas, como sua reiteração sucessiva, é a própria linguagem, a própria escrita — que resiste, por si mesma, fazendo-se tom, mais do que tema — como um espaço de memória contra a doença. […] João Rasteiro caminha por um trilho que tem sido sempre o seu; um percurso que se constrói sobre a memória poética, por vezes recuperando-a pela citação, por outras rasurando-a num braço de ferro irónico com essa mesma herança cultural que nos molda e informa.Fernando Guimarães:
Há aqui o que se poderia entender como um encontro ou sobreposição de contrários, como se, arrastadas rapidamente pelas imagens, ficassem “as mãos ungidas na corrente da goiva,/ a penumbra e a claridade/ a nudez, a vindoura coagulação”. Seja como for, institui-se neste[s] poema[s] uma espécie de anti-evangelho, onde se deflui, imageticamente, para uma dispersão verbal, para um encontro das “nascentes exorbitadas das perplexidades” que algo tem a ver com uma libertação surrealizante ou, até, abjeccionista, como se assim encontrássemos o “esplêndido cântaro de purulência”.José Manuel de Vasconcelos:
No ciclo de poemas que constitui este livro, fala-se para um tu que cada vez mais é opacidade, que não pode compreender que está ainda na vida e está já separado dela, sobre o qual vai descendo uma cortina de incompreensão que, pouco a pouco, transforma em mera face o que foi um rosto vivo: «A noite vem-te de dentro e és agora a perversa encenação divina», lê-se num dos versos mais amargos e perturbantes deste livro.Fernando de Castro Branco:
Este não é um livro triste ou desesperado, antes um livro meditativo, melancólico, estóico, que assenta na efemeridade humana, que a palavra poética procura, sempre inconsequentemente, reverter. Age nesse lugar indiviso entre a racionalidade e a demência, o real e o onírico, o concreto e o abstracto. O eco dialogal, coloquial, mas refinadamente esteticista, de António Nobre parece repercutir em expressões perpassadas por afectividade e poesia, construindo uma sugestiva dicção híbrida. -
ESGOTADO
Fabulário Amoral de Fauna e Flora, de Côta Seixas
15,00€Título Fabulário Amoral de Fauna e Flora
Autor Côta Seixas
Imagem capa Cruzeiro Seixas
Ilustrações Tiago Seixas (17 desenhos de técnica mista)
Formato 13,5 x 15 cm
Páginas 80 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2019Preço 15,00€
Esta obra vai dedicada pelo autor a Vítor Silva Tavares, que era para tê-la editado. Porém, o seu desaparecimento prematuro em 2015 já não o permitiu.
Em homenagem, pois, ao memorável editor, o livro tem um formato aproximado (mas não igual) ao da carismática chancela & etc.
Artur do Cruzeiro Seixas enviou ao autor um bilhete, com um texto que fala por si. Sobre a obra escreveram Maria do Rosário Pedreira e João Paulo Cotrim.
A escritora Ana Folhadela fez a apresentação pública da obra. -
ESGOTADO
A Vontade de Alão, de Risoleta C. Pinto Pedro
15,00€Título A Vontade de Alão
Autores Risoleta C. Pinto Pedro e Branca Clarissa Cicerone de Alão
Formato 13 x 20 cm
Páginas 108 págs
Fotografias (créditos) Risoleta C. Pinto Pedro
Acabamento capa molePreço 15,00€
O LIVRO
Trata-se de um livro sobre pessoas. Humanas e não humanas, mas nunca desumanas. Clarissa é chefe de uma pequena matilha que integra mais dois cães e um número flutuante de gatos. Na sua perspectiva, os seus amigos humanos são criaturas um pouco ingénuas, mas firmes no afecto com que se vão quotidianamente salvando. É ela a narradora desta história que começa na fundação de Portugal ou talvez quase oito mil anos antes, quem sabe se no começo do Universo, e galga séculos em busca do Amor a que não escapa ninguém — nem um triste ogre com ar de mau, que é, segundo Clarissa consegue apurar, apenas um ser profundamente desamparado, em cuja reabilitação ela se esmera.A AUTORA
Com este livro cumpre-se a vigésima segunda publicação de Risoleta C. Pinto Pedro, a terceira editada com a chancela Edições Sem Nome (Cantarolares com Sabor Azul, 2017, e Ávida Vida, 2017) ficando fora destas contas parcerias, prefácios, posfácios, participação em antologias e colaborações em revistas.
A sua produção acolhe ficção, teatro, poesia, ensaio, crítica, crónica e libreto. A escritora iniciou a actividade literária com A Criança Suspensa, obra galardoada com o Prémio Ferreira de Castro, tendo-se-lhe seguido a atribuição do Prémio Revelação da APE, pelo livro O Aniversário, obra igualmente de ficção.
Acrescentaram-se-lhes um prémio e uma menção honrosa em poesia, pela Sociedade de Língua Portuguesa.** * **
Risoleta C. Pinto Pedro guia e conduz todos os âmbitos da sua criatividade e os actos da sua vida na assumpção, proclamação e defesa de uma tétrade de domínios que implicam deveres de acção espiritual e pragmática, e de responsabilidade ética correlatos.
Para esta autora, são indissociáveis entre si o domínio do Divino e a relação com o Vivo absoluto; o reino da Natureza, e os múltiplos planos da realidade e do Universo; a alma humana e o imperativo de fazer divina a sua existência; a vida Animal e a coexistência harmoniosa do homem com todos os seres da Terra, vivida na crescente intimidade com os Arquétipos antiquíssimos. -
ESGOTADO
Levedura – A Trilogia do Silêncio, João Rasteiro
14,00€Título Levedura – A Trilogia do Silêncio (2ª edição revista)
Autor João Rasteiro
Colecção Torre Gelada
Edição 2ª edição (revista e acrescentada)
Páginas 120 págs.
Formato 14 x 19 cm
Imagem da capa Pere Salinas (‘De la serie “… per un vers teu” ‘)
Fotografia do autor (créditos) Carl Blomberg
Acabamento Capa mole
Ano 2019Preço 14,00€
Nesta 2ª edição foi acrescentado um texto crítico de Fernando de Castro Branco na Marginália, secção onde figuravam já textos de José Manuel de Vasconcelos, Rita Taborda Duarte, Maria Irene Ramalho e Fernando Guimarães.
Sobre o livro:
Maria Irene Ramalho:
Todo o poeta lírico na cultura ocidental, sempre cativa do belo mito da originalidade, se re-imagina um desvio: do mundo, da vida, da norma, do saber, do sagrado, da língua, da tradição. E da própria poesia, como a melhor forma de a celebrar – à poesia. João Rasteiro não é excepção. […] A poesia de João Rasteiro demonstra, aliás, claramente aquilo que eu tenho vindo a dizer há muito tempo: a poesia escreve-se na poesia. Poderíamos até dizer que cada vez mais a poesia “recicla” o poético.Rita Taborda Duarte:
O que parece sobressair nestes poemas, como sua reiteração sucessiva, é a própria linguagem, a própria escrita — que resiste, por si mesma, fazendo-se tom, mais do que tema — como um espaço de memória contra a doença. […] João Rasteiro caminha por um trilho que tem sido sempre o seu; um percurso que se constrói sobre a memória poética, por vezes recuperando-a pela citação, por outras rasurando-a num braço de ferro irónico com essa mesma herança cultural que nos molda e informa.Fernando Guimarães:
Há aqui o que se poderia entender como um encontro ou sobreposição de contrários, como se, arrastadas rapidamente pelas imagens, ficassem “as mãos ungidas na corrente da goiva,/ a penumbra e a claridade/ a nudez, a vindoura coagulação”. Seja como for, institui-se neste[s] poema[s] uma espécie de anti-evangelho, onde se deflui, imageticamente, para uma dispersão verbal, para um encontro das “nascentes exorbitadas das perplexidades” que algo tem a ver com uma libertação surrealizante ou, até, abjeccionista, como se assim encontrássemos o “esplêndido cântaro de purulência”.José Manuel de Vasconcelos:
No ciclo de poemas que constitui este livro, fala-se para um tu que cada vez mais é opacidade, que não pode compreender que está ainda na vida e está já separado dela, sobre o qual vai descendo uma cortina de incompreensão que, pouco a pouco, transforma em mera face o que foi um rosto vivo: «A noite vem-te de dentro e és agora a perversa encenação divina», lê-se num dos versos mais amargos e perturbantes deste livro.Fernando de Castro Branco:
Este não é um livro triste ou desesperado, antes um livro meditativo, melancólico, estóico, que assenta na efemeridade humana, que a palavra poética procura, sempre inconsequentemente, reverter. Age nesse lugar indiviso entre a racionalidade e a demência, o real e o onírico, o concreto e o abstracto. O eco dialogal, coloquial, mas refinadamente esteticista, de António Nobre parece repercutir em expressões perpassadas por afectividade e poesia, construindo uma sugestiva dicção híbrida.