Categoria: José Valle de Figueiredo

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    Eu sou este rosto enxuto, este canto interdito,Rodrigo Emílio

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    Título  Eu sou este rosto enxuto, sou este canto interdito  (Ed. comemorativa 75 anos do nascimento)
    Autor  Rodrigo Emílio
    Colecção  Egrégios  |  1

    Selecção de textos e organização  Luiz Pires dos Reys
    Poema-pórtico  José Valle de Figueiredo
    Prefácio  José Almeida

    Formato  13,5 x 21 cm
    Nº páginas   120 págs
    Ilustrações   fotografias, fac-similes, poemas-autógrafo, inéditos.
    Ano  2019

     

    Esta edição assinala os 75 anos do nascimento e os 15 da morte do poeta Rodrigo Emílio (1944-2004), tendo contado com o apoio institucional do Município de Tondela e da Junta de Freguesia de Parada de Gonta.
    O volume, que recolhe poesia e prosa do autor de “Mote Para Motim”, procura fazer jus a um poeta hoje injustamente esquecido. Com a presente recolha, dá-se a público um conjunto de textos (poemas, uma novela quase-poema e um “Manifesto de auto-poética”, para lá de um conjunto de textos ainda inéditos) que mostram aspectos menos conhecidos da obra de Rodrigo Emílio.
    O volume, encimado por um poema-pórtico de José Valle de Figueiredo, amigo do poeta e um dos seus primeiros editores, tem prefácio de José Almeida, que coordena a edição completa da Obra Poética de Rodrigo Emílio, em fase de preparação.

     

    ***  *  ***

     

    Sobre a poesia de Rodrigo Emílio

     

    Pinharanda Gomes, in D.N., 5/8/71:
    «Testemunha Rodrigo Emílio uma alta sabedoria da arte da criação poética, através da qual demonstra que a criação é sempre criação de alguma coisa, e que os compromissos vitais urgem ao poeta

     

    João Maia, in “Brotéria”, Dez 1971:
    «A Poesia de Rodrigo Emílio confia na nobreza de conteúdo e dito. […] Quem escolhe com sinceridade e verdade, prévios dotes expressivos, encontra na arte aquele lugar que não é mistificação, é coerência, é exemplo, é conforto de quem lê. […] Há neste poeta como uma frescura à Rimbaud, e uma coragem que se zebra de afecto, de humanismo, de comunicação e diálogo.»

     

    Natércia Freire, in DN, 9/09/71:
    « “Antes de tudo a música”, dizia Verlaine. Relacionando os fonemas, Rodrigo Emílio não põe na sua poesia nenhuma obscuridade. Pelo contrário. A música abre a matéria, desventra-se e, ao mesmo tempo, alimenta-a, como se fosse água e, logo após o voo, liberto pelo espírito da palavra, lhe dissesse: “bebe”! »

     

    Pinharanda Gomes, in “Diário do Minho”, 12 Fev 1972:
    «Quem destina o mote é o poeta. O motim é a poesia feita acção. Não só o poema designado por palavras, mas acção cifrada em sinais visíveis, vocábulo de arte poética para animar o mundo, para decidir do segredo, do mote para motim.»

     

    Goulart Nogueira, in “Época”, 17/06/71:

    «Tenho apontado duas coordenadas essenciais da grande poesia: profundidade e intensidade; duas geratrizes: penetração e complexidade; dois movimentos: pensamento e sentimento; dois pólos: expressão e comunicação. Tenho falado nas zonas de penetração de uma obra de arte, dependentes da própria obra e do fruidor. Tenho sublinhado que existe obra perfeita e menor, citando o exemplo dado por Chesterton, de duas circunferências infinitas mas uma com círculo maior do que a outra. A questão consiste nos mundos implicados, ao receber e ao transmitir, ao gerar e ao dar à luz.
    Rodrigo Emílio endereça-se; poesia de vastas respirações. A sua obra é um exercício vivido e vigilante para não falhar o destino; sem concessões aos ditadores da glória

     

     

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