Categoria: Catarina Silva Nunes

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  • Mar Alto, Areal Presente, de Catarina Silva Nunes

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    Título   Mar Alto, Areal Presente
    Autor   Catarina Silva Nunes
    Colecção   Torre Gelada
    Imagem capa   Ma Yuan, 中文:水圖卷﹝局部  (O Rio Amarelo rompe seu curso)
    Formato   130 x 185 mm
    Páginas   40 págs
    Acabamento   Capa mole
    Ano   2022

     

    ****

    Em muita da poesia que hoje se produz entre nós, há porventura lugar demasiado para aquela quase omnipresença do ‘sujeito poético’, as mais das vezes empapado do mais fortuito da sua desinteressante quotidianeidade, quando não já do indivíduo escritor que se interpõe, como uma espécie de filtro acríbico e auto-regulador, entre o texto e o leitor.
    Nada disso acontece na poesia Catarina Silva Nunes que, invocando “a força para andar /  na direcção que a […] ausência dita / pela estrada em que dançamos apartados / no abraço incerto dos gestos que nunca foram nomeados“, tem a certeza e, mais que a certeza, tem a fé, que é essa “a voz que dita a unidade do caminho / onde não [se] perde“.
    Este livro, segundo título da autora na área da poesia, afirma-a como uma voz cheia de identidade. A busca da autenticidade do viver e o lugar axial do sagrado no coração da vida são marcas impressivas desta poesia.
    Diz a autora, num dos textos da obra:

    Corri para ti por todos os caminhos.
    Muito antes de eu nascer o teu rosto procurava
    linhas rectas nós de entrega.

    E eu só te peço a força para andar
    na direcção que a tua ausência dita
    pela estrada em que dançamos apartados
    no abraço incerto dos gestos que nunca foram nomeados.

    ***

    CATARINA SILVA NUNES nasceu em Lisboa em 1976.
    Fez a sua formação académica em Antropologia e Ciências da Educação.
    É autora do livro de poesia O Amor e a Casa (2018) e de uma série de publicações na área das Ciências Sociais e Humanas.
    Escrever é um dos elementos que definem a sua identidade, naquilo que fica quando tudo passa.
    Num dos poemas deste livro lê-se: “Corri para ti por todos os caminhos.
    Talvez por isso – assevera – “quando eu morrer o mar perderá uma lapa / agarrada às rochas,” mas a sua voz não se perderá.

     

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