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As Trevas e os Dyas seguido de Sonetos Místicos Assituados, de Francisco Soares
8,50€10,00€Título As Trevas e os Dyas seguido de Sonetos Místicos Assituados
Autor Francisco Soares
Colecção Ouro Potável
Formato 13,5 x 21 cm
Nº páginas 64
Imagem da capa “Nyx (noite) e suas duas filhas Éter e Hemera” de Henry Fuseli (1741-1825)
Acabamento Capa mole
Ano 2023*
Poeta de palavra rara e verbo arqueológico, Francisco Soares oferece-nos neste novo livro duas recolhas em tudo singulares.
Em As Trevas e os Dyas respira-se uma atmosfera de aroma teogónico, em que perpassam temas como a noite primordial, a luz do princípio, a primeva sombra, o silêncio anteprimeiro, o tempo imemorial, mas também a terra e o fogo, o corpo e a nudez, os favos de mel, os lagos e o sonho, a alma e o silogismo imaterial do amor.
Em Sonetos Místicos Assituados, por seu lado, deparamos com um conjunto de sonetos de uma perfeição formal como hoje raramente encontramos na poesia portuguesa. Nestes textos, é mística sobretudo a dinâmica de rel[lig]ação do sujeito com as profundezas do inter-locutor interno, que se cruza com o Outro supremo — ora na prece, ora numa certa forma de contemplação da vida a partir do recesso primordial da existência.
Este é um livro que solicita uma leitura detida, quase ruminada, digerida num centrado recolhimento que, só ele, confere acesso ao espírito que paira e poisa, aqui e ali, inefável mas intensamente, por entre as trevas que nos visitam e a luz dos dias que, entre a pertença e o retorno, edificam em nós a liberdade intacta e um destino maior.*
O AUTORA vida é uma ficção. Qualquer nota biográfica a resume. Francisco Soares nasceu em Lisboa e em Benguela. Cresceu, formou-se e viveu no triângulo luso-falante do Atlântico. A poesia deste livro, como dos anteriores, interage com tais vivências, fluidas, indefinidas, radicadas e alentadas para o que mais importa. Escrita primeiro ao longo da década de 1980, continua longas e frutíferas conversas sobre a Arte Antiga, tidas com peregrinos ainda hoje no caminho e um que partiu para mais longe. Sem nomes, pese embora a caligrafia que também dá sinal dos meus ritmos.
Os outros títulos de poesia publicados foram:
Disperso & Vário (Lisboa, Edições Átrio, 1993)
Fábula da captação do elemento desvairado (Lisboa, Edições Átrio, 1995)
Restauração (Mafra, Edições Sem Nome, 2020) -
Alma d´Hybris | Tomo II : Livro de Saudades do futuro, de Maria Sarmento
20,00€Título Alma d´Hybris | Tomo II : Livro de Saudades do futuro
Autor Maria Sarmento
Colecção Opus Magnum
Imagens da capa e badanas António Couvinha | aguarela sobre papelIlustrações a cores António Couvinha | oito aguadas a café sobre desenho a tinta da china
Fotografia José M. Rodrigues | fotografia da autoraFormato 150 x 220 mm
Páginas 128 págs
Acabamento Capa moleISBN 978-989-35148-3-2
Ano 2023*
Este segundo tomo da trilogia Alma d’Hybris, no seguimento embora do volume inicial do ciclo, Símile e Súmula (de Jardins), não constitui simples sequência dos temas, fontes e modelos do título inicial. O texto, tal como Maria Sarmento o entende e escreve nas palavras que servem de antecâmara à presente obra, constitui-se num processo que é sempre uma rasura e uma dissolução. Uma incessante reescrita. A memória do escrito tem várias fontes e delas o poeta bebe e nunca se sacia. Nenhuma é a singular imagem da realidade, menos ainda a sua fiel representação, e nenhuma o modelo da fonte original.
As vozes que habitam estes textos são acrónicas, atemporais e múltiplas. São a metáfora de um tecido do mundo feito de rasgões e de suturas, de sobreposições e entrelaçamentos. O poeta reconstrói a tessitura do mundo. […] É no lugar da imaginação que se geram as paisagens que se avistam do texto. Elas resultam da transformação de sentidos que o poeta dá a ler ao deslocar o símbolo, que integra uma memória, para o lugar onde o poeta constrói os labirínticos caminhos por onde segue o texto e o leitor.
Nas palavras de António Cândido Franco, o que Maria Sarmento põe a descoberto na sua poesia é o itinerário que vai da terra labirinto ao jardim edénico ou da rosa de carne e de porcelana à rosa de oiro e de luz – o passo que vai do sofrimento do sangue ao fogo incriado e inefável. A poesia aqui cumpre-se, pois, como ponte e errância para o indizível. É uma alquimia que transmuta o tempo e o ruído em silêncio e permanência.
E remata: a poesia visionária de Maria Sarmento é um caso raro que sinaliza a presença entre nós da grande arte poética operativa.
Este tomo segundo é o retomar, pela autora, de uma tal viagem imperitura. E é também um convite ao leitor, a que faça a sua própria, no sublime viático desta obra.*SOBRE A AUTORAMARIA SARMENTO nasceu em Torres Novas. Vive desde 1975 em Évora. Licenciada em Português/Francês pela Universidade de Évora, fez Mestrado em Literaturas Românicas Modernas e Contemporâneas com uma dissertação sobre a temática da Natureza em Fernando Pessoa, que defendeu na FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Leccionou no Ensino Básico e Secundário até 2021. Tem colaboração dispersa em revistas e jornais nacionais e estrangeiros.*Publicou, na área da poesia:Escrita na Pele, 1980.
Água na Pedra [em colaboração], 1984.
Poetas Alentejanos do Século XX [antologia], 1984.
‘Ao Piano do Tempo’, in Margens [volume colectivo], 1992.
Duplo Olhar [em colaboração], 1997.
Memória das Naus, 1999.
O Silêncio e as Vozes, 1999.
3 Poetas 30 poemas, 2007.
Antologia de Poetas Torrejanos, 2008.
Áureas, (pinturas de Gaëlle Pelachaud e textos de Maria Sarmento em edição bilingue), 2018.
Alma d´Hybris | Tomo I : Símile e Súmula (de jardins), 2022.*Integra, desde 2010, o Conselho editorial da revista Cultura ENTRE Culturas.Tem colaboração dispersa na rede e em papel.Criou dois blogues, Saudades do Futuro e Jardim de Saudades, actualmente desactivados. -
Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos, de Leonardo Valente
12,50€Título Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos
Autor Leonardo Valente
Colecção Torre Gelada
Prefácio Pilar del Río
Imagem da capa e ilustrações Ismael Nery (1900-1934)
Formato 150 x 210mm
Páginas 132 págs
Acabamento capa mole
ISBN 978-989-35148-2-5
Ano 2023|
SOBRE A OBRA
criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos é um texto que pode ser lido como um romance de muitos personagens ou de apenas um. Com uma narrativa plena de referências e de forte introspecção, a obra tem a capacidade de dissecar em profundidade a narradora (aqui e ali, também narrador) sem descrever o que tem de mais básico, ao mesmo tempo que vinca na sua personalidade algumas das grandes questões e dilemas do nosso tempo. Liberta de convenções textuais, a narrativa é contada também pelo próprio corpo físico do livro, na relação entre a palavra e a página, pelos espaços em branco e pelo tamanho das fontes, mas principalmente pelo grande risco, quer de tornar-se escrita quer de deixar-se envolver por ela.
Tal como diz a/o protagonista: repito com todas as letras que sou uma farsa, confiar no que escrevo é uma temeridade. confiar na escrita é um exercício insano. desnudar-me, na verdade, é tornar-me ilegível.
Quarto livro do Leonardo Valente, esta obra conhece um sucesso enorme no Brasil. Encontrando-se traduzida em cinco países, foi igualmente adaptada para teatro.Leonardo Valente falando sobre o livro com Tadeu Rodrigues, no Podcast Rabiscos
Leonardo Cazes (jornalista) à conversa com a escritora Maria Valéria Rezende e o autor, a propósito deste livro
Entrevista de Leonardo Valente à professora universitária, escritora e jornalista cultural Regina Zappa|
SOBRE O AUTOR
Leonardo Valente nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1974. Tem quatro romances publicados: Apoteose (2018), O beijo da Pombagira (2019), finalista do Prémio Rio de Literatura, Calote (2020), criogenia de D. ou o manifesto dos prazeres perdidos (2021), que alcança um sucesso estrondoso no Brasil e, já este ano, bem recentemente saiu relicário de cuspes. Em 2017, foi um dos vencedores do Prémio José de Alencar de melhor romance, da União Brasileira de Escritores, com um original ainda inédito. Foi um dos organizadores da coletânea Antifascistas (2020), que reuniu alguns dos mais importantes nomes da literatura lusófona, e tem textos ficcionais dispersos por diversas publicações. Jornalista e doutor em Ciência Política, é professor de Relações Internacionais da UFRJ.
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Oito Entrevistas da Morte, de António do Carmo Reis
12,50€Título Oito Entrevistas da Morte
Autor António do Carmo Reis
Colecção Heteróclita e guerra (coord. Rui de Azevedo Teixeira)
Formato 150 x 235 mm
Páginas 128 págs
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-53854-4-7
Ano 2023|
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SOBRE A OBRAÉ este um livro incomum. Nele encontramos oito entrevistas da Morte. “São da Morte que fala com os vivos. Colocam, situam o vivo na lógica do termo da existência, na circunstância única em que não há preconceito, pressuposto, subterfúgio, vantagem ou o contrário. Chega a hora em que não há discurso dominante nem conveniente, interesse de estatuto alcançado, preocupação com deixar imagem para o futuro. A hora em que o diálogo está despojado de mito, artifício, medo e vaidade. A Morte não interroga, nem julga, nem prevê. Apenas aviva a memória a quem responde. É sempre a Morte que começa o diálogo. A Entrevista está no centro. Na verdade, nunca aconteceu. Mas, como o historiador tem o direito à imaginação, elege o agente para realizar uma proposta – a de fazer a interpretação da personagem. Elege a Morte. E, não sendo o trabalho realizado uma narrativa curial de biografia, cada Entrevista está colocada em seu contexto, razão por que aparece envolvida pela síntese de reconstituição da época, por apontamentos de cronologia, pela notícia do óbito, pelos excertos que fazem os epitáfios e o in memoriam – quadros de um painel que trazem a informação da circunstância ao retrato dos entrevistados. Contexto imediatamente apreensível, por ser o que envolve um friso de gente conhecida, a maior parte inclusa no círculo mediático.”
(Do Prefácio do autor) -
Cantos de Desamor, de Pedro Vistas
11,00€Título Cantos de Desamor
Autor Pedro Vistas
Colecção Ouro Potável
Formato 140 x 210 mm
Páginas 68 págs
Fotografia da capa © Ana Alves
Imagem página ante-rosto Gravura de Marold, in Werther, de Goethe, Paris, E. Dentu Éditeur, 1892.
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989538540-9
Ano 2023||
Obra de uma intensa dramaturgia onde duas vozes litigam; uma em aproximação à poesia, outra tendendo à prosa, sem nunca se fixarem. Professando Amor, a primeira, Desamor a segunda, numa pugna que, mais do que conceptual, se descobre surpreendente teomaquia.
Neotrovadorismo metafísico, literatura gótica-punk de jaez filosofal, ultrarromantismo sacrificado no altar do pensamento…
Literatura nova sobre o novo, inclassificável sob categorias previstas numa época de enjoo cartográfico, lê-la será navegar no Desconhecido. Ainda é possível.
[Do Prefácio jamais escrito.]||
Sobre o Autor
Pedro Vistas tem-se dedicado ao ensino e à investigação em filosofia, afirmando-se com esta obra inaugural como uma voz literária ímpar.
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As Cinco Estações, de Risoleta C. Pinto Pedro
13,50€15,00€Título As Cinco Estações
Autor Risoleta C. Pinto Pedro
Colecção Ouro Potável
Formato 140 x 210 mm
Páginas 76 págs
Extratextos Seis ilustrações a cores e duas a preto reproduzindo pinturas chinesas alusivas às estações do ano,
Acabamento Capa mole
Ano 2023Escreve António Carlos Carvalho na nota inicial a este livro:
Esquecemo-nos muitas vezes, ou até ignoramos, que os dois povos mais antigos são os chineses e os judeus e que as duas sabedorias têm pontos em comum — por exemplo, a importância excepcional atribuída aos números, ao espírito dos números. Para a China há cinco estações, assim como há cinco montanhas sagradas, cinco cores, cinco sabores, cinco tipos de relações sociais, cinco direcções do espaço (o centro é a quinta direcção), cinco elementos, cinco traços do pincel, etc. Obsessão pelo cinco? Não, alegorias numéricas, bem presentes na Cidade Proibida ou no Templo do Céu, em Pequim. Os algarismos não têm valor de número, mas sim de emblema do conjunto que caracterizam. O cinco representa a organização, preside às mutações. É a marca da renovação. É o emblema da posição central, do centro vazio, do meio justo.
O cinco é fundamental também na tradição judaica: os cinco rolos, os cinco livros da Torah, os cinco graus da alma (o quinto é a santidade, a quinta dimensão). Porque não há aí algarismos — as letras têm valor numérico simbólico, a quinta letra, o Hê, vale cinco, e é a segunda letra e a última do Nome divino impronunciável, IHVH. A mesma letra que muda a vida e o destino de Abram e Sarai, depois chamados Abraham e Sarah. Letra do feminino, fonte da fecundidade, serviu para criar o mundo. Serviu também para se poder falar do futuro Quinto Império (como Pessoa bem sabia). Mas, para entendermos tudo isto, temos de nos tentar afastar do Reino da Quantidade.Pela via poética, mostra-nos esta obra de Risoleta C. Pinto Pedro muito acerca da importância do número, do símbolo e do arquétipo no domínio da natureza e na vida do homem, mas também os nomes e alguns reveladores mistérios dos períodos do ano, e de como o tempo da natureza deve ser o “relógio” com que a alma humana deve acertar os ritmos dos dias da vida e dos anos da alma, com o horizonte, mais vasto, do Céu e do Espírito maior, que tudo ordena.
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Kronos InVersus, de Risoleta C. Pinto Pedro
8,00€Título Kronos InVersus
Autor Risoleta C. Pinto Pedro
Colecção Ouro Potável
Formato 135 x 210 mm
Páginas 40 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2023Poucos, se não mesmo raros, são hoje os poetas cuja utilização da forma soneto não seja manifesta apenas na mera apresentação gráfica de peças com os costumeiros catorze versos. Fica por aí o… soneto. Não assim a autora deste livro. A tal não será porventura alheio a sua formação musical, com um apurado sentido do ritmo e da medida. Porém, sem o ouvido interno e uma altamente disciplinada capacitação do aparato formal e técnico, não nos daria Risoleta C. Pinto Pedro neste livro linhas como as do soneto oitavo desta colheita:
Hoje busco com olhar de grito/ Impaciente, entre o povo aflito, /A barca salvadora que nos erga,/ Mas que meu pequeno mundo não enxerga.// Importante é chegar ao céu sereno/ Que debaixo dos pés em breve aceno/ Me cativa, me atrai, me desarvora./E capturo em azul quem me devora.// De aliança é a ditosa arca,/ No coração me pousa e em mim embarca/ O que teme sem saber do mal o odor. // Me compete e enfim a missão cumpro, /De resgatar o infinito assombro/ Com que a Nave passou o Bojador.
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Os Padres Desterrados – A perseguição à Igreja em Espinho na 1ª República, de Bruno Oliveira Santos
16,00€Título Os Padres Desterrados – A perseguição à Igreja em Espinho na 1ª República
Autor Bruno Oliveira Santos
Colecção Heteróclita e guerra (coord. Rui de Azevedo Teixeira)
Formato 150 x 235 mm
Páginas 204 págs
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-35148-0-1
Ano 2023|
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SOBRE A OBRACrónica consagrada às ideias e pensamento da sociedade portuguesa de inícios do século XX, este livro traz a lume a questão da transformação da vida mental e social portuguesa no seguimento da proclamação da República de 5 de Outubro de 1910, através de um acontecimento histórico anti-natural, estranho ao corpo pátrio, que representou o culminar de um longo processo de desnacionalização cultural e de laicização da sociedade portuguesa. Escrevendo numa prosa de sabor camiliano e vincada mordacidade queirosiana, Bruno Oliveira Santos socorre-se da realidade local de Espinho e de uma panóplia de personalidades históricas – nacionais e estrangeiras –, para narrar a violenta perseguição religiosa de que foi vítima a Igreja Católica em Portugal, na sequência da tomada do poder por uma elite republicana completamente divorciada do ethos e fundo religioso do povo português. Esta obra desafia a reposição da verdade histórica, apontando o dedo ao jacobinismo maçónico-liberal que, há pouco mais de um século, nos procurou impor uma espécie de “Lei da Memória”, destinada a reescrever a nossa História e a reconfigurar os nossos mitos fundacionais.
(do texto de badana de José Almeida)|
SOBRE O AUTOR
Bruno Oliveira Santos, natural de Espinho, é autor de Histórias Secretas da PIDE/DGS (2000), Nova Frente – Textos da Blogosfera (2006) e co-autor de Linhas de Fogo – Manifesto de Cultura Lusíada para o Terceiro Milénio (2001).
Organizou a Antologia Poética de Rodrigo Emílio (2009) e tem colaboração dispersa por vários jornais e revistas. -
Porto de Mós, de Rastigat (Últimos exemplares)
16,00€Título Porto de Mós
Autor Rastigat
Colecção Sangue na guelra
Imagem da capa (créditos) Raquel MontezFormato 150 x 220 mm
Páginas 192 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2023(A edição da obra foi apoiada pelo Município de Porto de Mós.)*SOBRE A OBRATudo começa com uma visita guiada ao centro histórico de Porto de Mós. De determinados locais emerge um passado de memórias, vozes que se erguem, ainda vivas, da infância e da adolescência. A família, os amigos, a escola, a juventude, os animais, os cafés, a vida nocturna, o Castelo e o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros dão corpo a uma polifonia narrativa: a adolescência, com as suas descobertas, os encontros e desencontros, as peripécias. Um conjunto de personagens, até então tornadas invisíveis ou apenas silenciadas, retratam de algum modo o tecido social e político de uma vila tradicional portuguesa. O enredo do livro decorre no período de um só dia, numa trama bem urdida ao longo da qual se irão revelando aspectos porventura mais inesperados e sombrios da vila e seus habitantes.
A obra inaugura a colecção Sangue na guelra, destinada a acolher novos autores.*
SOBRE O AUTOR
Rastigat.
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O Pacto Diabólico – Reverso do Pacto de Salvação, de Domingos Lucas Dias
15,00€Título O Pacto Diabólico – Reverso do Pacto de Salvação
Autor Domingos Lucas Dias
Colecção Heteróclita e guerra (coord. Rui de Azevedo Teixeira)
Formato 150 x 235 mm
Páginas 168 págs
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-53854-3-0
Ano 2022***
Sobre a obra
Posto perante uma dificuldade subjectivamente intransponível, qualquer que seja o seu estatuto, o ser humano tende a procurar recorrer a uma entidade ou instância superior a quem solicita auxílio. A resposta é em regra afirmativa, mas condicional. Atendida a condição, efectiva-se o favor. Esquematicamente é este o processo que conduz à assinatura do pacto com o diabo, ou de qualquer outro processo de corrupção do outro e venda de si mesmo. O pacto diabólico, especificamente, exclusivo de uma cultura com uma perspectiva salvífica, é por natureza um pacto segundo, que pressupõe e se constrói à imagem contrapolar do pacto divino. A estrutura do pacto diabólico não se reduz, no entanto, à criação de condições para a sua assinatura. Esse é apenas o primeiro quadro, que prepara a sua finalidade e intencionalidade. A assinatura do pacto significa uma queda. O amor e a misericórdia divinos (num contexto espiritual) ou o remorso (num contexto mais genérico) ao suscitarem o arrependimento no espírito do ser caído ou corrompido, desencadeiam um processo de regeneração que constitui o segundo quadro, o da vitória sobre o mal.
Tomando como modelo do pacto a legenda de Teófilo, Domingos Lucas Dias analisa as fontes (escriturísticas, hagiográficas e literárias) do tema, percorrendo sucessivamente a história de Protério e a lenda de Cipriano e Justina, a Vida de S. Frei Gil e o Doutor Fausto de Christopher Marlowe.
Esta é uma obra apaixonante que consegue agarrar-nos, com profundidade mas num estilo cristalino, através de um tema difícil mas de todos os séculos, imortalizado por Goethe e revisitado por Fernando Pessoa.***
Sobre o autor
Domingos Lucas Dias nasceu em Arcos, Montalegre, em 1941. Ingressou na Escola Claustral do Mosteiro de Singeverga (beneditino) em 1956. Em 1967, depois de estudos de filosofia e teologia, é incorporado em Mafra no curso de preparação de oficiais milicianos, passando depois para Santarém. Mobilizado em Dezembro desse mesmo ano, frequenta em Lamego o curso de operações especiais. Em Julho de 1968 parte para Moçambique. Retorna a Portugal em Setembro de 1970 e, depois de frequentar Direito, ingressa no curso de Filologia Clássica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, curso que conclui em 1976. Em 1994, após carreira no sector bancário, retoma e finaliza o mestrado iniciado nos anos 1980.
Em 1998 torna-se professor da Universidade Aberta e, de seguida, inicia a tradução das Metamorfoses de Ovídio, editada em edição bilingue, em dois volumes (2006 e 2008). Em 2017, a obra é editada no Brasil. A convite do reitor do Santuário de Fátima, realiza, em colaboração com Arnaldo do Espírito Santo, João Beato e Maria Cristina de Sousa Pimentel, a tradução do De Trinitate de Santo Agostinho, obra publicada em 2007, e que recebe o Prémio de Tradução da União Latina. Em 2011, é publicada a sua tradução da obra de Rodrigo de Castro, Medicus Politicus – O Médico Político. Em 2014 sai a público, pela Imprensa da Universidade de Coimbra, a sua tese de doutoramento, com edição crítica e fixação do texto latino, introdução, tradução e notas, do Apocalypsis Nova, do Beato Amadeu da Silva (1420-1482), conselheiro do papa Xisto IV. Em 2018, é dada a lume a sua tradução de dois opúsculos de Santo Agostinho, De Mendacio e Contra Mendacium. Em colaboração, publica também o Tratado sobre a Dor, de Filipe Montalto (1567-1616).
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Caderno A4, de Luísa Freire
14,00€Título Caderno A4
Autor Luísa Freire
Colecção Ouro Potável
Imagem da capa Obra plástica de Luísa Freire
Ilustrações reprodução de 15 obras plásticas de Luísa Freire (pastel, aguarela, tinta e técnicas mistas)
Formato 140 x 210 mm
Páginas 136 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2022
.Quatro mulheres — Germénia, Letreia, Azulina e Raíza — vivem um período na casa de uma delas, escrevendo num caderno A4 impressões e vivências pessoais, anotando o que cada uma entende ter interesse partilhar com as demais. Segundo uma delas, a que teve a ideia, será esta a maneira de registarem aqueles breves meses que vão passar juntas. Numa escrita a quatro mãos, este Caderno A4 — designação que alude porventura ao número de A(utoras) — não deixa de fazer lembrar uma composição musical com quatro pautas distintas, a fim de obter o resultado sonoro conjunto mais elaborado e harmonioso. Assim desejam que seja não só a escrita, mas também o vivo diálogo que estabelecem na casa onde Germénia, a anfitriã, as acolhe.
Neste novo livro, Luísa Freire sonda o quaternário da arquetipia ínsita ao seu próprio ser e olhar sobre o mundo. Com tanto de lúcido quanto de sábio, desfilam ao longo da obra as maiores questões da existência humana e as inquietações com o sentido da vida. Fá-lo a autora num como que jogo de espelhos em que, dialogando entre si, estas quatro personagens reverberam de algum modo ecos da própria autora, não tanto como pulsões heteronímicas, mas como demonstração exemplar da complexidade da alma humana.
Uma obra sábia, escrita numa linguagem viva, leve e cristalina, mas nem por isso isenta de grande densidade e beleza..
SOBRE A AUTORA
LUÍSA FREIRE nasceu em 1933, em Castelo Branco.
Completou a licenciatura em Filologia Germânica em 1958, em Coimbra. Fez o Mestrado em Literaturas Comparadas em 1994, na F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa. Foi professora do Ensino Secundário em Elvas e Lisboa, orientadora dos estágios pedagógicos na Escola Superior de Educação de Portalegre, trabalhou no Ministério da Educação (D.R.E.L.), tendo-se aposentado em 1995. Entre 1991 e 2010 foi membro do Instituto de Estudos sobre o Modernismo da F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa e, nessa qualidade, dedicou-se à investigação da obra pessoana, sobretudo no campo da sua poesia inglesa, que traduziu e publicou.
É autora de poesia, ensaio e tradução. Tem artigos e poemas dispersos em antologias, revistas e jornais..
OBRAS PUBLICADAS:
POESIA
Da Raiz à Fronde, 1979
Na Pausa da Espera, 1980
Estar, 1981
Amor e Sempre, 1981
Verde-Nunca, Lisboa, INCM, 1985
Imagens Acidentais, Lisboa, Assírio & Alvim, 2003.
Ciclo da Cal, Porto, Campo das Letras, 2003.
O Tempo de Perfil (1980 – 2005), Lisboa, Assírio & Alvim, 2009
Imagens / Uma Antologia de Inéditos de Luísa Freire (sel. e pref. de Ricardo Marques), Pico, Companhia das Ilhas, 2022..
ENSAIO
O Feitiço da Quadra, Lisboa, Vega, 1999.
Pedro Tamen: A Tenção em Tensão, Lisboa, Livros Horizonte, 1999.
Fernando Pessoa – Entre Vozes, Entre Línguas, Lisboa, Assírio & Alvim, 2004. (Prémio Máxima de Literatura 2005 / Prémio Ensaio).
EDIÇÃO E TRADUÇÃO
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa, Lisboa, Livros Horizonte, 1995 (Grande Prémio de Tradução 1996, Associação Portuguesa de Tradutores e Pen Clube)
Alexander Search, Poesia, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999.
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa (I), Lisboa, Assírio & Alvim, 2000.
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa (II), Lisboa, Assírio & Alvim, 2000.
Fernando Pessoa, Quadras, Lisboa, Assírio & Alvim, 2002.
Imagens Orientais, Lisboa, Assírio & Alvim, 2003.
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa, Obra Essencial (com ed. Richard Zenith), Lisboa, Assírio & Alvim, 2007; 2ª edição, Porto, 2018.
O Japão no Feminino I – Tanka, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007.
O Japão no Feminino II – Haiku, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007.
Maria Helena Branco, Em Silêncio, Lisboa, ed. autor, 2013.
Fernando Pessoa, Antinous e Outros Poemas em Inglês (com edição de Richard Zenith), Porto, Assírio & Alvim, 2019. -
A guardiã das coisas perdidas, de Sofia de Azevedo Teixeira
15,00€Título A guardiã das coisas perdidas e outras histórias inimagináveis
Autor Sofia de Azevedo Teixeira
Colecção Histórias sem Carochinha
Imagem da capa Giovanni Battista Ferrari, in Hesperides sive de Malorum Aureorum cultura et usu. Libri Quatuor, 1646.
Ilustrações a cores Obras de Botticelli, Piranesi, Fragonard, Whistler, Raffaëlli, Rembrandt, Altdorfer, Riedel e Redon.
Formato 140 x 210 mm
Páginas 128 págs
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-53854-2-3
Ano 2022*
*Com cultores tão díspares e geniais como Cervantes, Edgar Allan Poe e Oscar Wilde, Tchekov, Jorge Luis Borges e Lovecraft, Aquilino Ribeiro, Sophia e Saramago, Machado de Assis, João de Araújo Correia e Júlio Cortázar, Rilke, Hélia Correia ou Clarice Lispector, entre tantos outros — a verdade é que o conto é tido como um género, de algum modo, menor. E, todavia, é unânime desde sempre a dificuldade do género. Para Eça de Queirós, no conto tudo precisa ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida. Percebe-se a dificuldade, a exigência extrema e a necessidade de dominar a capacidade de síntese em cada frase. Um conto — diz, por seu turno, Júlio Cortázar — desloca-se no plano humano em que a vida e a expressão escrita dessa vida travam uma batalha fraterna; e o resultado de tal batalha é o próprio conto, uma síntese viva e ao mesmo tempo a vida sintetizada, algo como o tremor da água dentro de um cristal, a fugacidade numa permanência. Neste conjunto de contos, Sofia de Azevedo Teixeira logra esse tão difícil equilíbrio entre o pessoal e o universal, o real e o onírico, pondo em fecundo diálogo a verdade e a imaginação, o deslumbramento e o mistério, manobrando com notável mestria e competência a difícil arte de contar.
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Sobre a autora
Sofia de Azevedo Teixeira é natural de Argivai, Póvoa de Varzim. Licenciada em História (ramo Científico e ramo Educacional), tem formação em Escrita Criativa no Instituto Camões/EC.ON. Foi colaboradora externa da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. Tem-se dedicado mormente ao conto, à monografia, entre outro géneros. Professora de História, é formadora de escrita criativa em escolas, bibliotecas e em cursos online. É, desde 2012, colaboradora do jornal MAIS Semanário. Exerce o voluntariado.
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Livros publicadosOs Penedos dos Guizos, 2008.
Terras de Ninguém, 2015.
Argivai, Viagem pela sua história, 2018.
Contos do Imaginário, 2018.
A Ribeirinha, 2021. -
ESGOTADO
Alma d’Hybris – Tomo I: Símile e Súmula (de Jardins), de Maria Sarmento
18,50€Título Alma d´Hybris | Tomo I : Símile e Súmula (de Jardins)
Autor Maria Sarmento
Colecção Opus Magnum
Imagens da capa e badanas António Couvinha | aguarela sobre papelIlustrações a cores António Couvinha | aguada a café sobre desenho a tinta da china
Fotografia José M. Rodrigues | retrato da autoraFormato 150 x 220 mm
Páginas 140 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2022*SOBRE A OBRAAutora de um labor poético continuado desde o dealbar dos anos 80, que tem escolhido dar publicação aparentemente intermitente ao seu trabalho, Maria Sarmento dá agora a público este livro que integra um ciclo, de que sai agora o volume inicial.
Símile e Súmula (de Jardins), o primeiro tomo da trilogia Alma d’ Hybris, agora publicado, confirma uma voz em tudo singular, se não mesmo única, na poesia portuguesa actual.Artífice da palavra possuidora de um verbo de extremo lirismo e encantamento, a obra oferece-nos uma peregrinação pelas veredas da linguagem, das origens e daqueles jardins em que se dá o encontro com a fonte fecunda de que dimana o fluxo híbrico da existência humana, sereno derrame da mais pura beleza, num espanto imperituro diante dos mistérios do sagrado, da vida e do mundo.Como a própria poeta escreve no texto inicial do livro:Ainda que seja desejável que o leitor circule pelo texto em total liberdade, que aspire os perfumes e sacie a sede […] na fonte que jorra com maior ou menor intensidade de alguns textos, neste “jardim” que se apresenta para sua fruição, o leitor participará sempre do texto, sendo nele um elemento indispensável. Uma outra voz. Quer se demore nas sombras para aspirar os perfumes da terra, quer deambule, como brisa suave, para ser íntimo das vozes que se abrem à sua passagem, o leitor sempre ouve ecos, sons, sussurros e vozes que reconhece; ora aproximando-se da janela da torre, ora embarcando em alto mar que se avoluma em rumorosa força. O leitor viaja com as palavras. Sente-as. Participa do texto.Esta é uma voz poética que porventura se fez esperar muito, até à plena entrega da sua obra à visibilidade pública.Não tanto por isso, mas por aquilo que é em si mesma, a obra agora dada à estampa será, doravante, marco e referência incontornáveis, como as coisas mais altas e mais belas que já se escreveram na nossa grande Língua portuguesa.*SOBRE A AUTORAMARIA SARMENTO nasceu em Torres Novas. Vive desde 1975 em Évora. Licenciada em Português/Francês pela Universidade de Évora, fez Mestrado em Literaturas Românicas Modernas e Contemporâneas com uma dissertação sobre a temática da Natureza em Fernando Pessoa, que defendeu na FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Leccionou no Ensino Básico e Secundário até 2021. Tem colaboração dispersa em revistas e jornais nacionais e estrangeiros.Publicou, na área da poesia:Escrita na Pele, 1980.
Água na Pedra [em colaboração], 1984.
Poetas Alentejanos do Século XX [antologia], 1984.
‘Ao Piano do Tempo’, in Margens [volume colectivo], 1992.
Duplo Olhar [em colaboração], 1997.
Memória das Naus, 1999.
O Silêncio e as Vozes, 1999.
3 Poetas 30 poemas, 2007.
Antologia de Poetas Torrejanos, 2008.
Áureas, (pinturas de Gaëlle Pelachaud e textos de Maria Sarmento em edição bilingue), 2018.Integra, desde 2010, o Conselho editorial da revista Cultura ENTRE Culturas.Tem colaboração dispersa na rede e em papel.Criou dois blogues, Saudades do Futuro e Jardim de Saudades, actualmente desactivados. -
Mar Alto, Areal Presente, de Catarina Silva Nunes
8,00€Título Mar Alto, Areal Presente
Autor Catarina Silva Nunes
Colecção Torre Gelada
Imagem capa Ma Yuan, 中文:水圖卷﹝局部 (O Rio Amarelo rompe seu curso)
Formato 130 x 185 mm
Páginas 40 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2022****
Em muita da poesia que hoje se produz entre nós, há porventura lugar demasiado para aquela quase omnipresença do ‘sujeito poético’, as mais das vezes empapado do mais fortuito da sua desinteressante quotidianeidade, quando não já do indivíduo escritor que se interpõe, como uma espécie de filtro acríbico e auto-regulador, entre o texto e o leitor.
Nada disso acontece na poesia Catarina Silva Nunes que, invocando “a força para andar / na direcção que a […] ausência dita / pela estrada em que dançamos apartados / no abraço incerto dos gestos que nunca foram nomeados“, tem a certeza e, mais que a certeza, tem a fé, que é essa “a voz que dita a unidade do caminho / onde não [se] perde“.
Este livro, segundo título da autora na área da poesia, afirma-a como uma voz cheia de identidade. A busca da autenticidade do viver e o lugar axial do sagrado no coração da vida são marcas impressivas desta poesia.
Diz a autora, num dos textos da obra:
Corri para ti por todos os caminhos.
Muito antes de eu nascer o teu rosto procurava
linhas rectas nós de entrega.E eu só te peço a força para andar
na direcção que a tua ausência dita
pela estrada em que dançamos apartados
no abraço incerto dos gestos que nunca foram nomeados.***
CATARINA SILVA NUNES nasceu em Lisboa em 1976.
Fez a sua formação académica em Antropologia e Ciências da Educação.
É autora do livro de poesia O Amor e a Casa (2018) e de uma série de publicações na área das Ciências Sociais e Humanas.
Escrever é um dos elementos que definem a sua identidade, naquilo que fica quando tudo passa.
Num dos poemas deste livro lê-se: “Corri para ti por todos os caminhos.”
Talvez por isso – assevera – “quando eu morrer o mar perderá uma lapa / agarrada às rochas,” mas a sua voz não se perderá. -
As Reminiscências dos Pormenores, Ant. Mariano de Carvalho
5,60€8,00€Título As Reminiscências dos Pormenores
Autor António Mariano de Carvalho
Posfácio Luís Filipe Pereira
Colecção Torre Gelada
Imagem da capa ‘Paysage Surréaliste’ (1938), de Valentine Hugo
Formato 130 x 185 mm
Páginas 68 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2022***
Esta obra hospeda um conjunto de 39 poemas que nos dá a ler um caleidoscópio de brocados que tecerão a memória, o que confere uma dimensão fragmentária a esta escrita poética. A fragmentação não é excludente da construção de um mapa temático — heteróclito, todavia — cujo centro é a cidade e cuja periferia é a meditação sobre tropos-pormenores, tais como o amor, a perda, a incomunicabilidade, deus, entre outros atractores emotivos e discursivos. Os poemas expõem, não raro, uma submersão nos pormenores que fertilizam, em sua vigilante cintilação, a concretude do vivido. O autor concebe a poesia como ofício de recapitulação dos instantes, plasmados em pormenores fragmentários, inevitavelmente efémeros, amparados no seu enlace com a memória, transmudando a atenção aos pormenores o labor de re-significação do aparentemente insignificante, do prosaico.
[Do Posfácio de Luís Filipe Pereira] -
A Vontade de Alão (série especial numerada e assinada), de Risoleta C. Pinto Pedro
15,30€18,00€UMA PARCERIA EDIÇÕES SEM NOME / ASSOCIAÇÃO ADOPTA-NOSTítulo A Vontade de Alão (série especial)
Autores Risoleta C. Pinto Pedro e Branca Clarissa Cicerone de Alão
Formato 13 x 20 cm
Páginas 108 págsDescrição
Esta edição especial trata-se de uma série limitada a 15 cópias únicas, nas quais Risoleta inscreveu outras tantas profecias, das muitas que escutou a Branca, naquela maneira única que uma e outra têm de comunicar-se.
Os exemplares estão numerados de I/15 a XV/15, e vão assinados a tinta de beterraba por Branca Clarissa Cicerone de Alão, a co-autora.
Há muito esgotado nas livrarias, este livro de Risoleta C. Pinto Pedro e Branca Clarissa Cicerone Alão, saído em 2019, talvez já pedisse uma 2ª edição. Eis senão quando, Risoleta e Branca, mais uma vez, nos surpreendem com estas “Profecias de Alão“.
Para lá, pois, da deliciosa narrativa que tinha a edição de livraria, cada exemplar desta série tem, deste modo, um texto registado por Risoleta C. Pinto Pedro, a outra co-autora, que explica do seguinte modo como surgiram estas Profecias de Alão:“Branca Clarissa Cicerone de Alão não nasceu de geração espontânea, tendo atrás dela uma sabedoria ancestral que recua a várias gerações. É o caso do nobre Alão, senhor de capacidades e poderes que lhe permitem desocultar o que para nós é puro enigma. As suas profecias desvendam um saber que já saboreámos e fazem um eco em nós como se ouvíssemos, de muito longe, as vozes de avós antiquíssimos. Honra lhes seja feita a todos, sem excepção, pela voz de Alão.”
O texto das Profecias é de uma tão delicada poesia quão surpreendente sabedoria. Trata-se de peças finamente lapidadas, perdão, farejadas, não sem uma boa pitada, perdão, uma boa patita de Branca, que assinou todos os exemplares da série a tinta de… beterraba. Isso mesmo. Algo absolutamente inédito na literatura portuguesa, bem precisada de brisas, perdão, de lambidelas inspiradas.
Uma verdadeira lufada de focinho fresco.
Eis aqui, então, um cheirinho das “Profecias de Alão”:“Sempre os animais falaram. Um dia, todos saberão ouvir”.
“Duas virtudes deve o cão, aspirante à profecia, respeitar: A inevitável doçura e a aguda atenção”.
“Cão ou serpente, leão peregrino, seguirão o trilho antigo do destino”.