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NOVIDADE
Nessa morada como num bosque o vento, de Jorge Velhote
12,75€15,00€Título Nessa morada como num bosque o vento
Autor Jorge Velhote
Formato 20 x 20 cm (badanas de 19 cm)
Páginas 48 páginas
Papel 120 g
Ilustrações Seis fotografias de Jorge Velhote
Acabamento Capa mole
Data de publicação 2 de Maio de 2024***
Poeta com quatro décadas bem contadas de actividade literária, fotógrafo de reconhecidos méritos entre os seus pares, Jorge Velhote surge neste livro conjugando, uma vez mais, as duas linguagens da sua eleição. Fá-lo, como tem vindo a fazer, com magistral domínio dos materiais recíprocos destes dois esteios do seu laborioso processo criador.
Tal como diz um dos textos deste livro: Com as palavras aprendemos a restaurar o silêncio, a espalhar nas dunas sementes, a olhar o mar. […] Aprendemos a respirar com a fragilidade das sombras e das neblinas, com o destino invisível da luz. Um pressentimento é tudo o que alcanças e o suor o que recebes.
Nas intersticiais veredas, pois, deste seu permanente dialogar com a realidade e a imaginação, fermentadas na enseada em que se encontram a luz e o silêncio, a sombra e a palavra (“num labirinto a luz estabelece os seus meandros“), podemos dizer que o poeta fotografa ali onde o fotógrafo revela a poesia que emerge deste modo ambívio de olhar. E inversamente — pois não há um primeiro que o outro.
Ambos os olhares, o do poeta e o do fotógrafo, coexistem em Jorge Velhote como uma espécie de asa única que é só sua, asa apenas duplicada para que melhor possamos nós aceder à sua máquina de relâmpagos (2005) no longo mapear da luz plural (2015) que habita as coisas mínimas e outras coisas (2017) e que, navegando naquele atrito de gotas (1982) que revela os sinais próximos da certeza (1983), nos permite ir ao âmago (2018) do invisível interminável (2018) e assim desembocarmos agora, na anteplenitude desta discreta mas decisiva viagem sua (e nossa), “nessa morada [em que] como num bosque o vento, procura[mo]s um lugar para os olhos” .
Como alguém que já viu a penumbra das palavras e também a da vida, que já escutou o silêncio das coisas ali onde elas no seu limite bordam, delicada e decisivamente, o que conjuga o mistério de havê-las com o sentido de estarmos aqui, Jorge Velhote dá-nos, com este seu livro, não apenas um testemunho (uma vez mais, impressivo) do seu labor de dupla asa, mas sobremaneira deposita em quem o lê um marco seguramente miliário numa travessia bem pilotada através dos anos no caminho da vida. -
Quando totalmente te perderes, saberás que és o caminho / When you totally lose yourself, you will know you are the way, de Paulo Borges (ed.bilingue)
12,50€Título Quando totalmente te perderes, saberás que és o caminho /When you totally lose yourself, you will know you are the way (ed. bilingue)
Autor Paulo Borges
Colecção Ouro Potável | 10
Fotografias Adama
Trad. p/ inglês Nuno Castanheira
Formato 150 x 210 mm
Páginas 64
ISBN 978-989-35148-4-9
Acabamento Capa mole
Ano 2023*
Neste seu novo livro, Paulo Borges percorre os seus temas maiores: vida, caminho, paz, amor, compaixão, perfeição e a inefabilidade que a tudo subjaz. Pelo viés da linguagem profunda mas simples do seu verbo sagaz, o filósofo derrama nas mãos do leitor, ao longo da obra, a serenidade de um conjunto de pensamentos que remetem para o sentido da vida, o caminho a percorrer para dar sentido a tal Sentido, a paz chão e semente do amor e da compaixão, e de como a conjugação destes vários veios da prática de uma vivência sábia da existência humana, em harmonia com todos os seres e a Natureza, radica num modo de perfeição inefável e imperitura. Um livro para ler com vagar, que pode ser um precioso farol e um conselheiro silencioso, sempre ao alcance, no coração do bulício dos agitados dias que são os do mundo em que vivemos.
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SOBRE O AUTOR
PAULO BORGES é professor no Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador do Centro de Filosofia da mesma Universidade. Professor de Medicina e Meditação e do Mestrado em Cuidados Paliativos na Faculdade de Medicina da mesma Universidade. Coordenador do Seminário Permanente Vita Contemplativa. Práticas Contemplativas e Cultura Contemporânea, no Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. Sócio-fundador e membro do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira. Membro correspondente da Academia Brasileira de Filosofia. Ex-presidente da União Budista Portuguesa e da Associação Agostinho da Silva. Cofundador do projecto Visão Pura e do Santuário e Centro de Retiros Dewachen. Presidente da Associação Tergar Portugal.
Autor de centenas de comunicações e conferências, artigos e outros textos em revistas científicas e obras colectivas, publicados em Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Croácia, Roménia, Turquia, Reino Unido, EUA, Brasil, Colômbia, Macau e Timor. Autor e organizador de 65 livros de ensaio filosófico, aforismos, poesia, ficção e teatro, publicados em Portugal, Espanha, Reino Unido e Brasil, sendo o mais recente Presença Plena. Uma viagem meditativa, terapêutica e filosófica pelas cinco energias da Vida (2023, 2ª edição).
Doutor Honoris Causa pela Universidade Tibiscus de Timisoara (Roménia), em 2017. Prémio Ibn Arabi – Taryumán 2019, atribuído pela Muhyid-din Ibn Arabi Society Latina, em 2019, na Universidade da Mística, em Ávila. -
O Servo do Amor – A Introdução das Ordens Sufis na Índia, de Munássir Ebrahim (org.)
17,50€Título O Servo do Amor – A Introdução das Ordens Sufis na Índia
Autor Munássir Ebrahim
Prefácio José Manuel Anes
Introdução Yiosuf Adamgy
Colecção Tubo de Ensaios
Formato 150 x 230 mm
Páginas 136 págs. profusamente ilustradas. Inclui um glossário islâmico com mais de uma centena de verbetes.
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-35148-1-8
Ano 2023*
Cem anos depois de Genghis Khan ter derrotado os muçulmanos, o Islão reconquistou os conquistadores. Os mongóis que haviam destruído Bukhara e Bagdad tornaram-se, eles próprios, porta-estandartes do Islão. O mesmo impulso que levou o Islão para ocidente, em direcção à Europa, criou novas raízes na Índia e na Indonésia, deslocando o seu centro de gravidade do Cairo e Damasco para Lahore e Kuala Lumpur, espalhando-se assim no séc XIII na Índia e no Paquistão, pela acção dos grandes shaykhs sufis. Os shaykhs sufis do século XIII não eram comerciantes de fé. Eram homens intoxicados pelo amor de Deus, servindo a humanidade independentemente do credo ou da nacionalidade e partilhando a sua generosidade espiritual com quem quer que dela quisesse beneficiar. Os muçulmanos precisavam desta espiritualidade tanto quanto os hindus e os budistas.
Foi neste contexto que Hazrat Khwaja Moinuddin Chishti foi para a Índia. Geralmente tido como a fonte dos movimentos espirituais islâmicos na Índia e no Paquistão, e figura porventura menos conhecida e estudada que outros líderes espirituais Sufis, tais como Ibn Arabi, Algazali, Rumi, Suhrawardi ou Attar, Hazrat Khwaja (também conhecido como Moinuddin Chishti) foi o fundador da Ordem Chishtiya, e o grande responsável pela disseminação das práticas sufis na Índia e no Paquistão.
Nascido em 1139, o seu incomum percurso de vida fizeram com que se cruzasse com alguns dos maiores mestres espirituais Sufis do seu tempo, como Khwaja Usman Harooni e Shaykh Abdul Qader Jeelani. O encontro, determinante, com o dervixe Ebrahim Qandooz despertou no jovem Khwaja a luz da sabedoria e do conhecimento. De tal forma, que vende todos os seus bens, distribui o dinheiro pelos pobres, e parte em resposta a um chamamento interior inabalável. Isso conduzi-lo-á até à Índia, onde aprende o sânscrito e o hindi para poder comunicar a via Sufi. Percorrendo o subcontinente a partir do norte, fixou-se em Ajmer, cidade que viria a tornar-se centro de um movimento Sufi que ajudou a espalhar a todos os cantos da Índia e do Paquistão.
Num amplo e criterioso conjunto de fontes organizadas em antologia por Munássir Ebrahim, tem este livro o propósito de dar a conhecer a vida e a obra de Hazrat Khwaja, e os caminhos de expansão das Ordens Sufis na Índia, passando a ser entre nós título fundamental de consulta e referência bibliográfica nos estudos dedicados ao Sufismo. Com prefácio de José Manuel Anes, uma das figuras mais destacadas em religiões comparadas e nas componentes místico-esotéricas das diversas tradições espirituais do mundo, o livro tem introdução de M. Yiosuf Mohamed Adamgy, director da revista e editora Al Furqán.*
O AUTOR
MUNÁSSIR EBRAHIM é Jurista. Licenciado em Direito pela Universidade Moderna de Lisboa (2001) com a Especialização em Jurídico-Económicas, Pós-Graduado em Ciências Jurídicas com as Especializações em Jurídico Civis e Jurídico Penais
pela Universidade Católica de Lisboa (2009), Mestre em Direito das Empresas com a Especialização em Jurídico Comercias pelo ISCTE-INDEG Business School (2012), exerceu funções desde 2002 até ao presente como Jurista de Empresas na Área do Desenvolvimento e Cooperação Internacionais. Entre 2001 e 2015, exerceu diversos cargos e funções na Comunidade Islâmica de Lisboa, nomeadamente na Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Direção, com destaque para a criação do Gabinete de Apoio Jurídico (GAJ), de que foi membro fundador em 2004, da Comissão de Revisão Integral dos Estatutos da Comunidade Islâmica de Lisboa (2006), e por diversas vezes Presidente das Mesas de Voto. Em 2002, iniciou a colaboração como investigador no departamento de Ciências das Religiões da Universidade Lusófona e desde 2016 é investigador efectivo pro bono da Universidade Lusófona. Foi dirigente associativo na universidade, tendo sido Presidente e Representante dos alunos de Direito no Conselho Pedagógico da Universidade (1999-2001) e Membro da ELSA (European Law Student Association). Colabora com a Amnistia Internacional na área dos Direitos Humanos e é também tradutor oficial da CIMO – Comunidade Islâmica de Moçambique, uma instituição religiosa muçulmana Sunnita de carácter Sufi. É autor de diversos ensaios, desde temas místico-religiosos a temas económicos e jurídicos. Tem 12 traduções no prelo sobre Islamismo na perspectiva Sufi, traduzindo maioritariamente DR. PHD Fazlur Rahman Ansari e Abdool Alleem Sidiqui. Esta obra é o seu segundo trabalho de vulto na temática do Sufismo, na sequência da Antologia do Sufismo – A Espiritualidade dos Jardineiros Divinos de Deus (Edições Hórus) e resulta em grande parte da sua vivência espiritual e do aprendizado que tem como investigador em Ciências das Religiões na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.*
Publicou as seguintes obras:
A regra de julgamento de negócios no direito societário português e o reflexo das decisões dos administradores (2016)
Os meninos e as meninas das casinhas das árvores (2019)
Quartetos Místicos – Poemas Espirituais Sufis ( 2022)
Luca Said and the Mermaids of Marbella (2022)
Pelas Tuas Cidades da minha Alma (2023)
A Espiritualidade dos Jardineiros Divinos de Deus – Sufismo, Antologia (2023)*
Tem no prelo:
- Com a chancela Edições Sem Nome:
Labbaykka – Aqui estou eu Senhor
Os Sete Pilares da Sabedoria
Simurgh – Trinta Pássaros e os Sete Vales do Amor- Noutras editoras:
Nicotina e o Cigarro contra a Lei (e-book)
Minutas de contratos jurídicos aplicáveis aos países de língua e expressão portuguesa (e-book). -
As Trevas e os Dyas seguido de Sonetos Místicos Assituados, de Francisco Soares
10,00€Título As Trevas e os Dyas seguido de Sonetos Místicos Assituados
Autor Francisco Soares
Colecção Ouro Potável
Formato 13,5 x 21 cm
Nº páginas 64
Imagem da capa “Nyx (noite) e suas duas filhas Éter e Hemera” de Henry Fuseli (1741-1825)
Acabamento Capa mole
Ano 2023*
Poeta de palavra rara e verbo arqueológico, Francisco Soares oferece-nos neste novo livro duas recolhas em tudo singulares.
Em As Trevas e os Dyas respira-se uma atmosfera de aroma teogónico, em que perpassam temas como a noite primordial, a luz do princípio, a primeva sombra, o silêncio anteprimeiro, o tempo imemorial, mas também a terra e o fogo, o corpo e a nudez, os favos de mel, os lagos e o sonho, a alma e o silogismo imaterial do amor.
Em Sonetos Místicos Assituados, por seu lado, deparamos com um conjunto de sonetos de uma perfeição formal como hoje raramente encontramos na poesia portuguesa. Nestes textos, é mística sobretudo a dinâmica de rel[lig]ação do sujeito com as profundezas do inter-locutor interno, que se cruza com o Outro supremo — ora na prece, ora numa certa forma de contemplação da vida a partir do recesso primordial da existência.
Este é um livro que solicita uma leitura detida, quase ruminada, digerida num centrado recolhimento que, só ele, confere acesso ao espírito que paira e poisa, aqui e ali, inefável mas intensamente, por entre as trevas que nos visitam e a luz dos dias que, entre a pertença e o retorno, edificam em nós a liberdade intacta e um destino maior.*
O AUTORA vida é uma ficção. Qualquer nota biográfica a resume. Francisco Soares nasceu em Lisboa e em Benguela. Cresceu, formou-se e viveu no triângulo luso-falante do Atlântico. A poesia deste livro, como dos anteriores, interage com tais vivências, fluidas, indefinidas, radicadas e alentadas para o que mais importa. Escrita primeiro ao longo da década de 1980, continua longas e frutíferas conversas sobre a Arte Antiga, tidas com peregrinos ainda hoje no caminho e um que partiu para mais longe. Sem nomes, pese embora a caligrafia que também dá sinal dos meus ritmos.
Os outros títulos de poesia publicados foram:
Disperso & Vário (Lisboa, Edições Átrio, 1993)
Fábula da captação do elemento desvairado (Lisboa, Edições Átrio, 1995)
Restauração (Mafra, Edições Sem Nome, 2020) -
Alma d´Hybris | Tomo II : Livro de Saudades do futuro, de Maria Sarmento
20,00€Título Alma d´Hybris | Tomo II : Livro de Saudades do futuro
Autor Maria Sarmento
Colecção Opus Magnum
Imagens da capa e badanas António Couvinha | aguarela sobre papelIlustrações a cores António Couvinha | oito aguadas a café sobre desenho a tinta da china
Fotografia José M. Rodrigues | fotografia da autoraFormato 150 x 220 mm
Páginas 128 págs
Acabamento Capa moleISBN 978-989-35148-3-2
Ano 2023*
Este segundo tomo da trilogia Alma d’Hybris, no seguimento embora do volume inicial do ciclo, Símile e Súmula (de Jardins), não constitui simples sequência dos temas, fontes e modelos do título inicial. O texto, tal como Maria Sarmento o entende e escreve nas palavras que servem de antecâmara à presente obra, constitui-se num processo que é sempre uma rasura e uma dissolução. Uma incessante reescrita. A memória do escrito tem várias fontes e delas o poeta bebe e nunca se sacia. Nenhuma é a singular imagem da realidade, menos ainda a sua fiel representação, e nenhuma o modelo da fonte original.
As vozes que habitam estes textos são acrónicas, atemporais e múltiplas. São a metáfora de um tecido do mundo feito de rasgões e de suturas, de sobreposições e entrelaçamentos. O poeta reconstrói a tessitura do mundo. […] É no lugar da imaginação que se geram as paisagens que se avistam do texto. Elas resultam da transformação de sentidos que o poeta dá a ler ao deslocar o símbolo, que integra uma memória, para o lugar onde o poeta constrói os labirínticos caminhos por onde segue o texto e o leitor.
Nas palavras de António Cândido Franco, o que Maria Sarmento põe a descoberto na sua poesia é o itinerário que vai da terra labirinto ao jardim edénico ou da rosa de carne e de porcelana à rosa de oiro e de luz – o passo que vai do sofrimento do sangue ao fogo incriado e inefável. A poesia aqui cumpre-se, pois, como ponte e errância para o indizível. É uma alquimia que transmuta o tempo e o ruído em silêncio e permanência.
E remata: a poesia visionária de Maria Sarmento é um caso raro que sinaliza a presença entre nós da grande arte poética operativa.
Este tomo segundo é o retomar, pela autora, de uma tal viagem imperitura. E é também um convite ao leitor, a que faça a sua própria, no sublime viático desta obra.*SOBRE A AUTORAMARIA SARMENTO nasceu em Torres Novas. Vive desde 1975 em Évora. Licenciada em Português/Francês pela Universidade de Évora, fez Mestrado em Literaturas Românicas Modernas e Contemporâneas com uma dissertação sobre a temática da Natureza em Fernando Pessoa, que defendeu na FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Leccionou no Ensino Básico e Secundário até 2021. Tem colaboração dispersa em revistas e jornais nacionais e estrangeiros.*Publicou, na área da poesia:Escrita na Pele, 1980.
Água na Pedra [em colaboração], 1984.
Poetas Alentejanos do Século XX [antologia], 1984.
‘Ao Piano do Tempo’, in Margens [volume colectivo], 1992.
Duplo Olhar [em colaboração], 1997.
Memória das Naus, 1999.
O Silêncio e as Vozes, 1999.
3 Poetas 30 poemas, 2007.
Antologia de Poetas Torrejanos, 2008.
Áureas, (pinturas de Gaëlle Pelachaud e textos de Maria Sarmento em edição bilingue), 2018.
Alma d´Hybris | Tomo I : Símile e Súmula (de jardins), 2022.*Integra, desde 2010, o Conselho editorial da revista Cultura ENTRE Culturas.Tem colaboração dispersa na rede e em papel.Criou dois blogues, Saudades do Futuro e Jardim de Saudades, actualmente desactivados. -
Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos, de Leonardo Valente
12,50€Título Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos
Autor Leonardo Valente
Colecção Torre Gelada
Prefácio Pilar del Río
Imagem da capa e ilustrações Ismael Nery (1900-1934)
Formato 150 x 210mm
Páginas 132 págs
Acabamento capa mole
ISBN 978-989-35148-2-5
Ano 2023|
SOBRE A OBRA
criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos é um texto que pode ser lido como um romance de muitos personagens ou de apenas um. Com uma narrativa plena de referências e de forte introspecção, a obra tem a capacidade de dissecar em profundidade a narradora (aqui e ali, também narrador) sem descrever o que tem de mais básico, ao mesmo tempo que vinca na sua personalidade algumas das grandes questões e dilemas do nosso tempo. Liberta de convenções textuais, a narrativa é contada também pelo próprio corpo físico do livro, na relação entre a palavra e a página, pelos espaços em branco e pelo tamanho das fontes, mas principalmente pelo grande risco, quer de tornar-se escrita quer de deixar-se envolver por ela.
Tal como diz a/o protagonista: repito com todas as letras que sou uma farsa, confiar no que escrevo é uma temeridade. confiar na escrita é um exercício insano. desnudar-me, na verdade, é tornar-me ilegível.
Quarto livro do Leonardo Valente, esta obra conhece um sucesso enorme no Brasil. Encontrando-se traduzida em cinco países, foi igualmente adaptada para teatro.Leonardo Valente falando sobre o livro com Tadeu Rodrigues, no Podcast Rabiscos
Leonardo Cazes (jornalista) à conversa com a escritora Maria Valéria Rezende e o autor, a propósito deste livro
Entrevista de Leonardo Valente à professora universitária, escritora e jornalista cultural Regina Zappa|
SOBRE O AUTOR
Leonardo Valente nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1974. Tem quatro romances publicados: Apoteose (2018), O beijo da Pombagira (2019), finalista do Prémio Rio de Literatura, Calote (2020), criogenia de D. ou o manifesto dos prazeres perdidos (2021), que alcança um sucesso estrondoso no Brasil e, já este ano, bem recentemente saiu relicário de cuspes. Em 2017, foi um dos vencedores do Prémio José de Alencar de melhor romance, da União Brasileira de Escritores, com um original ainda inédito. Foi um dos organizadores da coletânea Antifascistas (2020), que reuniu alguns dos mais importantes nomes da literatura lusófona, e tem textos ficcionais dispersos por diversas publicações. Jornalista e doutor em Ciência Política, é professor de Relações Internacionais da UFRJ.
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Oito Entrevistas da Morte, de António do Carmo Reis
12,50€Título Oito Entrevistas da Morte
Autor António do Carmo Reis
Colecção Heteróclita e guerra (coord. Rui de Azevedo Teixeira)
Formato 150 x 235 mm
Páginas 128 págs
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-53854-4-7
Ano 2023|
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SOBRE A OBRAÉ este um livro incomum. Nele encontramos oito entrevistas da Morte. “São da Morte que fala com os vivos. Colocam, situam o vivo na lógica do termo da existência, na circunstância única em que não há preconceito, pressuposto, subterfúgio, vantagem ou o contrário. Chega a hora em que não há discurso dominante nem conveniente, interesse de estatuto alcançado, preocupação com deixar imagem para o futuro. A hora em que o diálogo está despojado de mito, artifício, medo e vaidade. A Morte não interroga, nem julga, nem prevê. Apenas aviva a memória a quem responde. É sempre a Morte que começa o diálogo. A Entrevista está no centro. Na verdade, nunca aconteceu. Mas, como o historiador tem o direito à imaginação, elege o agente para realizar uma proposta – a de fazer a interpretação da personagem. Elege a Morte. E, não sendo o trabalho realizado uma narrativa curial de biografia, cada Entrevista está colocada em seu contexto, razão por que aparece envolvida pela síntese de reconstituição da época, por apontamentos de cronologia, pela notícia do óbito, pelos excertos que fazem os epitáfios e o in memoriam – quadros de um painel que trazem a informação da circunstância ao retrato dos entrevistados. Contexto imediatamente apreensível, por ser o que envolve um friso de gente conhecida, a maior parte inclusa no círculo mediático.”(Do Prefácio do autor)
Surge assim, neste novo livro de António do Carmo Reis, com o sedimento do necessário e suficiente rigor científico e a credibilidade do olhar do historiador, uma sequência de entrevistas, não tão imaginárias ou improváveis quanto isso, a figuras bem conhecidas do público, de perfil e personalidade, vocação e função social ou destino político bem diversos. E o que vemos é que em todos pulsam antecedentes, causas, motivos, razões ou argumentos para terem sido o que foram ou não foram, terem feito o que fizeram e terem-nos deixado o legado que nos deixaram.
Obra verdadeiramente invulgar e incomum, a merecer uma leitura apaixonada mas liberta de sectarismos. -
Cantos de Desamor, de Pedro Vistas
11,00€Título Cantos de Desamor
Autor Pedro Vistas
Colecção Ouro Potável
Formato 140 x 210 mm
Páginas 68 págs
Fotografia da capa © Ana Alves
Imagem página ante-rosto Gravura de Marold, in Werther, de Goethe, Paris, E. Dentu Éditeur, 1892.
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989538540-9
Ano 2023||
Obra de uma intensa dramaturgia onde duas vozes litigam; uma em aproximação à poesia, outra tendendo à prosa, sem nunca se fixarem. Professando Amor, a primeira, Desamor a segunda, numa pugna que, mais do que conceptual, se descobre surpreendente teomaquia.
Neotrovadorismo metafísico, literatura gótica-punk de jaez filosofal, ultrarromantismo sacrificado no altar do pensamento…
Literatura nova sobre o novo, inclassificável sob categorias previstas numa época de enjoo cartográfico, lê-la será navegar no Desconhecido. Ainda é possível.
[Do Prefácio jamais escrito.]||
Sobre o Autor
Pedro Vistas tem-se dedicado ao ensino e à investigação em filosofia, afirmando-se com esta obra inaugural como uma voz literária ímpar.
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As Cinco Estações, de Risoleta C. Pinto Pedro
15,00€Título As Cinco Estações
Autor Risoleta C. Pinto Pedro
Colecção Ouro Potável
Formato 140 x 210 mm
Páginas 76 págs
Extratextos Seis ilustrações a cores e duas a preto reproduzindo pinturas chinesas alusivas às estações do ano,
Acabamento Capa mole
Ano 2023Escreve António Carlos Carvalho na nota inicial a este livro:
Esquecemo-nos muitas vezes, ou até ignoramos, que os dois povos mais antigos são os chineses e os judeus e que as duas sabedorias têm pontos em comum — por exemplo, a importância excepcional atribuída aos números, ao espírito dos números. Para a China há cinco estações, assim como há cinco montanhas sagradas, cinco cores, cinco sabores, cinco tipos de relações sociais, cinco direcções do espaço (o centro é a quinta direcção), cinco elementos, cinco traços do pincel, etc. Obsessão pelo cinco? Não, alegorias numéricas, bem presentes na Cidade Proibida ou no Templo do Céu, em Pequim. Os algarismos não têm valor de número, mas sim de emblema do conjunto que caracterizam. O cinco representa a organização, preside às mutações. É a marca da renovação. É o emblema da posição central, do centro vazio, do meio justo.
O cinco é fundamental também na tradição judaica: os cinco rolos, os cinco livros da Torah, os cinco graus da alma (o quinto é a santidade, a quinta dimensão). Porque não há aí algarismos — as letras têm valor numérico simbólico, a quinta letra, o Hê, vale cinco, e é a segunda letra e a última do Nome divino impronunciável, IHVH. A mesma letra que muda a vida e o destino de Abram e Sarai, depois chamados Abraham e Sarah. Letra do feminino, fonte da fecundidade, serviu para criar o mundo. Serviu também para se poder falar do futuro Quinto Império (como Pessoa bem sabia). Mas, para entendermos tudo isto, temos de nos tentar afastar do Reino da Quantidade.Pela via poética, mostra-nos esta obra de Risoleta C. Pinto Pedro muito acerca da importância do número, do símbolo e do arquétipo no domínio da natureza e na vida do homem, mas também os nomes e alguns reveladores mistérios dos períodos do ano, e de como o tempo da natureza deve ser o “relógio” com que a alma humana deve acertar os ritmos dos dias da vida e dos anos da alma, com o horizonte, mais vasto, do Céu e do Espírito maior, que tudo ordena.
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Kronos InVersus, de Risoleta C. Pinto Pedro
8,00€Título Kronos InVersus
Autor Risoleta C. Pinto Pedro
Colecção Ouro Potável
Formato 135 x 210 mm
Páginas 40 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2023Poucos, se não mesmo raros, são hoje os poetas cuja utilização da forma soneto não seja manifesta apenas na mera apresentação gráfica de peças com os costumeiros catorze versos. Fica por aí o… soneto. Não assim a autora deste livro. A tal não será porventura alheio a sua formação musical, com um apurado sentido do ritmo e da medida. Porém, sem o ouvido interno e uma altamente disciplinada capacitação do aparato formal e técnico, não nos daria Risoleta C. Pinto Pedro neste livro linhas como as do soneto oitavo desta colheita:
Hoje busco com olhar de grito/ Impaciente, entre o povo aflito, /A barca salvadora que nos erga,/ Mas que meu pequeno mundo não enxerga.// Importante é chegar ao céu sereno/ Que debaixo dos pés em breve aceno/ Me cativa, me atrai, me desarvora./E capturo em azul quem me devora.// De aliança é a ditosa arca,/ No coração me pousa e em mim embarca/ O que teme sem saber do mal o odor. // Me compete e enfim a missão cumpro, /De resgatar o infinito assombro/ Com que a Nave passou o Bojador.
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Os Padres Desterrados – A perseguição à Igreja em Espinho na 1ª República, de Bruno Oliveira Santos
14,40€16,00€Título Os Padres Desterrados – A perseguição à Igreja em Espinho na 1ª República
Autor Bruno Oliveira Santos
Colecção Heteróclita e guerra (coord. Rui de Azevedo Teixeira)
Formato 150 x 235 mm
Páginas 204 págs
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-35148-0-1
Ano 2023|
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SOBRE A OBRACrónica consagrada às ideias e pensamento da sociedade portuguesa de inícios do século XX, este livro traz a lume a questão da transformação da vida mental e social portuguesa no seguimento da proclamação da República de 5 de Outubro de 1910, através de um acontecimento histórico anti-natural, estranho ao corpo pátrio, que representou o culminar de um longo processo de desnacionalização cultural e de laicização da sociedade portuguesa. Escrevendo numa prosa de sabor camiliano e vincada mordacidade queirosiana, Bruno Oliveira Santos socorre-se da realidade local de Espinho e de uma panóplia de personalidades históricas – nacionais e estrangeiras –, para narrar a violenta perseguição religiosa de que foi vítima a Igreja Católica em Portugal, na sequência da tomada do poder por uma elite republicana completamente divorciada do ethos e fundo religioso do povo português. Esta obra desafia a reposição da verdade histórica, apontando o dedo ao jacobinismo maçónico-liberal que, há pouco mais de um século, nos procurou impor uma espécie de “Lei da Memória”, destinada a reescrever a nossa História e a reconfigurar os nossos mitos fundacionais.
(do texto de badana de José Almeida)
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A obra inclui um anexo documental com um importante acervo em reprodução fac-simile.|
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SOBRE O AUTOR
Bruno Oliveira Santos, natural de Espinho, é autor de Histórias Secretas da PIDE/DGS (2000), Nova Frente – Textos da Blogosfera (2006) e co-autor de Linhas de Fogo – Manifesto de Cultura Lusíada para o Terceiro Milénio (2001).
Organizou a Antologia Poética de Rodrigo Emílio (2009) e tem colaboração dispersa por vários jornais e revistas. -
ESGOTADO
Porto de Mós, de Rastigat (Esgotado na editora)
16,00€Título Porto de Mós
Autor Rastigat
Colecção Sangue na guelra
Imagem da capa (créditos) Raquel MontezFormato 150 x 220 mm
Páginas 192 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2023(A edição da obra foi apoiada pelo Município de Porto de Mós.)*SOBRE A OBRATudo começa com uma visita guiada ao centro histórico de Porto de Mós. De determinados locais emerge um passado de memórias, vozes que se erguem, ainda vivas, da infância e da adolescência. A família, os amigos, a escola, a juventude, os animais, os cafés, a vida nocturna, o Castelo e o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros dão corpo a uma polifonia narrativa: a adolescência, com as suas descobertas, os encontros e desencontros, as peripécias. Um conjunto de personagens, até então tornadas invisíveis ou apenas silenciadas, retratam de algum modo o tecido social e político de uma vila tradicional portuguesa. O enredo do livro decorre no período de um só dia, numa trama bem urdida ao longo da qual se irão revelando aspectos porventura mais inesperados e sombrios da vila e seus habitantes.
A obra inaugura a colecção Sangue na guelra, destinada a acolher novos autores.*
SOBRE O AUTOR
Rastigat.
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O Pacto Diabólico – Reverso do Pacto de Salvação, de Domingos Lucas Dias
15,00€Título O Pacto Diabólico – Reverso do Pacto de Salvação
Autor Domingos Lucas Dias
Colecção Heteróclita e guerra (coord. Rui de Azevedo Teixeira)
Formato 150 x 235 mm
Páginas 168 págs
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-53854-3-0
Ano 2022***
Sobre a obra
Posto perante uma dificuldade subjectivamente intransponível, qualquer que seja o seu estatuto, o ser humano tende a procurar recorrer a uma entidade ou instância superior a quem solicita auxílio. A resposta é em regra afirmativa, mas condicional. Atendida a condição, efectiva-se o favor. Esquematicamente é este o processo que conduz à assinatura do pacto com o diabo, ou de qualquer outro processo de corrupção do outro e venda de si mesmo. O pacto diabólico, especificamente, exclusivo de uma cultura com uma perspectiva salvífica, é por natureza um pacto segundo, que pressupõe e se constrói à imagem contrapolar do pacto divino. A estrutura do pacto diabólico não se reduz, no entanto, à criação de condições para a sua assinatura. Esse é apenas o primeiro quadro, que prepara a sua finalidade e intencionalidade. A assinatura do pacto significa uma queda. O amor e a misericórdia divinos (num contexto espiritual) ou o remorso (num contexto mais genérico) ao suscitarem o arrependimento no espírito do ser caído ou corrompido, desencadeiam um processo de regeneração que constitui o segundo quadro, o da vitória sobre o mal.
Tomando como modelo do pacto a legenda de Teófilo, Domingos Lucas Dias analisa as fontes (escriturísticas, hagiográficas e literárias) do tema, percorrendo sucessivamente a história de Protério e a lenda de Cipriano e Justina, a Vida de S. Frei Gil e o Doutor Fausto de Christopher Marlowe.
Esta é uma obra apaixonante que consegue agarrar-nos, com profundidade mas num estilo cristalino, através de um tema difícil mas de todos os séculos, imortalizado por Goethe e revisitado por Fernando Pessoa.***
Sobre o autor
Domingos Lucas Dias nasceu em Arcos, Montalegre, em 1941. Ingressou na Escola Claustral do Mosteiro de Singeverga (beneditino) em 1956. Em 1967, depois de estudos de filosofia e teologia, é incorporado em Mafra no curso de preparação de oficiais milicianos, passando depois para Santarém. Mobilizado em Dezembro desse mesmo ano, frequenta em Lamego o curso de operações especiais. Em Julho de 1968 parte para Moçambique. Retorna a Portugal em Setembro de 1970 e, depois de frequentar Direito, ingressa no curso de Filologia Clássica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, curso que conclui em 1976. Em 1994, após carreira no sector bancário, retoma e finaliza o mestrado iniciado nos anos 1980.
Em 1998 torna-se professor da Universidade Aberta e, de seguida, inicia a tradução das Metamorfoses de Ovídio, editada em edição bilingue, em dois volumes (2006 e 2008). Em 2017, a obra é editada no Brasil. A convite do reitor do Santuário de Fátima, realiza, em colaboração com Arnaldo do Espírito Santo, João Beato e Maria Cristina de Sousa Pimentel, a tradução do De Trinitate de Santo Agostinho, obra publicada em 2007, e que recebe o Prémio de Tradução da União Latina. Em 2011, é publicada a sua tradução da obra de Rodrigo de Castro, Medicus Politicus – O Médico Político. Em 2014 sai a público, pela Imprensa da Universidade de Coimbra, a sua tese de doutoramento, com edição crítica e fixação do texto latino, introdução, tradução e notas, do Apocalypsis Nova, do Beato Amadeu da Silva (1420-1482), conselheiro do papa Xisto IV. Em 2018, é dada a lume a sua tradução de dois opúsculos de Santo Agostinho, De Mendacio e Contra Mendacium. Em colaboração, publica também o Tratado sobre a Dor, de Filipe Montalto (1567-1616).
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Caderno A4, de Luísa Freire
14,00€Título Caderno A4
Autor Luísa Freire
Colecção Ouro Potável
Imagem da capa Obra plástica de Luísa Freire
Ilustrações reprodução de 15 obras plásticas de Luísa Freire (pastel, aguarela, tinta e técnicas mistas)
Formato 140 x 210 mm
Páginas 136 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2022
.Quatro mulheres — Germénia, Letreia, Azulina e Raíza — vivem um período na casa de uma delas, escrevendo num caderno A4 impressões e vivências pessoais, anotando o que cada uma entende ter interesse partilhar com as demais. Segundo uma delas, a que teve a ideia, será esta a maneira de registarem aqueles breves meses que vão passar juntas. Numa escrita a quatro mãos, este Caderno A4 — designação que alude porventura ao número de A(utoras) — não deixa de fazer lembrar uma composição musical com quatro pautas distintas, a fim de obter o resultado sonoro conjunto mais elaborado e harmonioso. Assim desejam que seja não só a escrita, mas também o vivo diálogo que estabelecem na casa onde Germénia, a anfitriã, as acolhe.
Neste novo livro, Luísa Freire sonda o quaternário da arquetipia ínsita ao seu próprio ser e olhar sobre o mundo. Com tanto de lúcido quanto de sábio, desfilam ao longo da obra as maiores questões da existência humana e as inquietações com o sentido da vida. Fá-lo a autora num como que jogo de espelhos em que, dialogando entre si, estas quatro personagens reverberam de algum modo ecos da própria autora, não tanto como pulsões heteronímicas, mas como demonstração exemplar da complexidade da alma humana.
Uma obra sábia, escrita numa linguagem viva, leve e cristalina, mas nem por isso isenta de grande densidade e beleza..
SOBRE A AUTORA
LUÍSA FREIRE nasceu em 1933, em Castelo Branco.
Completou a licenciatura em Filologia Germânica em 1958, em Coimbra. Fez o Mestrado em Literaturas Comparadas em 1994, na F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa. Foi professora do Ensino Secundário em Elvas e Lisboa, orientadora dos estágios pedagógicos na Escola Superior de Educação de Portalegre, trabalhou no Ministério da Educação (D.R.E.L.), tendo-se aposentado em 1995. Entre 1991 e 2010 foi membro do Instituto de Estudos sobre o Modernismo da F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa e, nessa qualidade, dedicou-se à investigação da obra pessoana, sobretudo no campo da sua poesia inglesa, que traduziu e publicou.
É autora de poesia, ensaio e tradução. Tem artigos e poemas dispersos em antologias, revistas e jornais..
OBRAS PUBLICADAS:
POESIA
Da Raiz à Fronde, 1979
Na Pausa da Espera, 1980
Estar, 1981
Amor e Sempre, 1981
Verde-Nunca, Lisboa, INCM, 1985
Imagens Acidentais, Lisboa, Assírio & Alvim, 2003.
Ciclo da Cal, Porto, Campo das Letras, 2003.
O Tempo de Perfil (1980 – 2005), Lisboa, Assírio & Alvim, 2009
Imagens / Uma Antologia de Inéditos de Luísa Freire (sel. e pref. de Ricardo Marques), Pico, Companhia das Ilhas, 2022..
ENSAIO
O Feitiço da Quadra, Lisboa, Vega, 1999.
Pedro Tamen: A Tenção em Tensão, Lisboa, Livros Horizonte, 1999.
Fernando Pessoa – Entre Vozes, Entre Línguas, Lisboa, Assírio & Alvim, 2004. (Prémio Máxima de Literatura 2005 / Prémio Ensaio).
EDIÇÃO E TRADUÇÃO
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa, Lisboa, Livros Horizonte, 1995 (Grande Prémio de Tradução 1996, Associação Portuguesa de Tradutores e Pen Clube)
Alexander Search, Poesia, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999.
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa (I), Lisboa, Assírio & Alvim, 2000.
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa (II), Lisboa, Assírio & Alvim, 2000.
Fernando Pessoa, Quadras, Lisboa, Assírio & Alvim, 2002.
Imagens Orientais, Lisboa, Assírio & Alvim, 2003.
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa, Obra Essencial (com ed. Richard Zenith), Lisboa, Assírio & Alvim, 2007; 2ª edição, Porto, 2018.
O Japão no Feminino I – Tanka, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007.
O Japão no Feminino II – Haiku, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007.
Maria Helena Branco, Em Silêncio, Lisboa, ed. autor, 2013.
Fernando Pessoa, Antinous e Outros Poemas em Inglês (com edição de Richard Zenith), Porto, Assírio & Alvim, 2019. -
A guardiã das coisas perdidas, de Sofia de Azevedo Teixeira
15,00€Título A guardiã das coisas perdidas e outras histórias inimagináveis
Autor Sofia de Azevedo Teixeira
Colecção Histórias sem Carochinha
Imagem da capa Giovanni Battista Ferrari, in Hesperides sive de Malorum Aureorum cultura et usu. Libri Quatuor, 1646.
Ilustrações a cores Obras de Botticelli, Piranesi, Fragonard, Whistler, Raffaëlli, Rembrandt, Altdorfer, Riedel e Redon.
Formato 140 x 210 mm
Páginas 128 págs
Acabamento Capa mole
ISBN 978-989-53854-2-3
Ano 2022*
*Com cultores tão díspares e geniais como Cervantes, Edgar Allan Poe e Oscar Wilde, Tchekov, Jorge Luis Borges e Lovecraft, Aquilino Ribeiro, Sophia e Saramago, Machado de Assis, João de Araújo Correia e Júlio Cortázar, Rilke, Hélia Correia ou Clarice Lispector, entre tantos outros — a verdade é que o conto é tido como um género, de algum modo, menor. E, todavia, é unânime desde sempre a dificuldade do género. Para Eça de Queirós, no conto tudo precisa ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida. Percebe-se a dificuldade, a exigência extrema e a necessidade de dominar a capacidade de síntese em cada frase. Um conto — diz, por seu turno, Júlio Cortázar — desloca-se no plano humano em que a vida e a expressão escrita dessa vida travam uma batalha fraterna; e o resultado de tal batalha é o próprio conto, uma síntese viva e ao mesmo tempo a vida sintetizada, algo como o tremor da água dentro de um cristal, a fugacidade numa permanência. Neste conjunto de contos, Sofia de Azevedo Teixeira logra esse tão difícil equilíbrio entre o pessoal e o universal, o real e o onírico, pondo em fecundo diálogo a verdade e a imaginação, o deslumbramento e o mistério, manobrando com notável mestria e competência a difícil arte de contar.
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Sobre a autora
Sofia de Azevedo Teixeira é natural de Argivai, Póvoa de Varzim. Licenciada em História (ramo Científico e ramo Educacional), tem formação em Escrita Criativa no Instituto Camões/EC.ON. Foi colaboradora externa da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. Tem-se dedicado mormente ao conto, à monografia, entre outro géneros. Professora de História, é formadora de escrita criativa em escolas, bibliotecas e em cursos online. É, desde 2012, colaboradora do jornal MAIS Semanário. Exerce o voluntariado.
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Livros publicadosOs Penedos dos Guizos, 2008.
Terras de Ninguém, 2015.
Argivai, Viagem pela sua história, 2018.
Contos do Imaginário, 2018.
A Ribeirinha, 2021. -
ESGOTADO
Alma d’Hybris – Tomo I: Símile e Súmula (de Jardins), de Maria Sarmento
18,50€Título Alma d´Hybris | Tomo I : Símile e Súmula (de Jardins)
Autor Maria Sarmento
Colecção Opus Magnum
Imagens da capa e badanas António Couvinha | aguarela sobre papelIlustrações a cores António Couvinha | aguada a café sobre desenho a tinta da china
Fotografia José M. Rodrigues | retrato da autoraFormato 150 x 220 mm
Páginas 140 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2022*SOBRE A OBRAAutora de um labor poético continuado desde o dealbar dos anos 80, que tem escolhido dar publicação aparentemente intermitente ao seu trabalho, Maria Sarmento dá agora a público este livro que integra um ciclo, de que sai agora o volume inicial.
Símile e Súmula (de Jardins), o primeiro tomo da trilogia Alma d’ Hybris, agora publicado, confirma uma voz em tudo singular, se não mesmo única, na poesia portuguesa actual.Artífice da palavra possuidora de um verbo de extremo lirismo e encantamento, a obra oferece-nos uma peregrinação pelas veredas da linguagem, das origens e daqueles jardins em que se dá o encontro com a fonte fecunda de que dimana o fluxo híbrico da existência humana, sereno derrame da mais pura beleza, num espanto imperituro diante dos mistérios do sagrado, da vida e do mundo.Como a própria poeta escreve no texto inicial do livro:Ainda que seja desejável que o leitor circule pelo texto em total liberdade, que aspire os perfumes e sacie a sede […] na fonte que jorra com maior ou menor intensidade de alguns textos, neste “jardim” que se apresenta para sua fruição, o leitor participará sempre do texto, sendo nele um elemento indispensável. Uma outra voz. Quer se demore nas sombras para aspirar os perfumes da terra, quer deambule, como brisa suave, para ser íntimo das vozes que se abrem à sua passagem, o leitor sempre ouve ecos, sons, sussurros e vozes que reconhece; ora aproximando-se da janela da torre, ora embarcando em alto mar que se avoluma em rumorosa força. O leitor viaja com as palavras. Sente-as. Participa do texto.Esta é uma voz poética que porventura se fez esperar muito, até à plena entrega da sua obra à visibilidade pública.Não tanto por isso, mas por aquilo que é em si mesma, a obra agora dada à estampa será, doravante, marco e referência incontornáveis, como as coisas mais altas e mais belas que já se escreveram na nossa grande Língua portuguesa.*SOBRE A AUTORAMARIA SARMENTO nasceu em Torres Novas. Vive desde 1975 em Évora. Licenciada em Português/Francês pela Universidade de Évora, fez Mestrado em Literaturas Românicas Modernas e Contemporâneas com uma dissertação sobre a temática da Natureza em Fernando Pessoa, que defendeu na FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Leccionou no Ensino Básico e Secundário até 2021. Tem colaboração dispersa em revistas e jornais nacionais e estrangeiros.Publicou, na área da poesia:Escrita na Pele, 1980.
Água na Pedra [em colaboração], 1984.
Poetas Alentejanos do Século XX [antologia], 1984.
‘Ao Piano do Tempo’, in Margens [volume colectivo], 1992.
Duplo Olhar [em colaboração], 1997.
Memória das Naus, 1999.
O Silêncio e as Vozes, 1999.
3 Poetas 30 poemas, 2007.
Antologia de Poetas Torrejanos, 2008.
Áureas, (pinturas de Gaëlle Pelachaud e textos de Maria Sarmento em edição bilingue), 2018.Integra, desde 2010, o Conselho editorial da revista Cultura ENTRE Culturas.Tem colaboração dispersa na rede e em papel.Criou dois blogues, Saudades do Futuro e Jardim de Saudades, actualmente desactivados.