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Sete Cânticos de Thoth, Étienne Perrot|Yvette Centeno
10,00€12,50€Título Sete Cânticos de Thoth
Autor Étienne Perrot
Imagens da capa, contra-capa e badanas Lâminas IX, X e L de Atalanta Fugiens, de Michael Maier
Tradução Yvette K. Centeno
Apresentação, comentários e notas Yvette K. Centeno
Org. e pesquisa iconográfica Luiz Pires dos Reys
Colecção Ouro Potável | 4
Formato 13,5 x 21 cm
Páginas 56 págs
Acabamento Capa mole
Ano 2020Preço 12,50€
Sobre Yvette K. Centeno
Poeta, ficcionista, autora dramática, tradutora (traduziu Bertolt Brecht), doutorada em Filologia Germânica e docente jubilada da Universidade Nova de Lisboa, onde dirigiu o gabinete de Estudos de Simbologia. Colaboradora em várias publicações periódicas, tem-se destacado no domínio do ensaio com uma série de investigações sobre as relações entre a literatura e o hermetismo, interesse que condiciona uma produção literária atenta ao poder alquímico do símbolo (“A matéria das obras, alquímica ou literária, é a matéria da vida. Tudo é um (…) a partir da obra literária se pode chegar à descoberta do superior e do inferior nela, do impulso que a anima e da estrutura que a ordena num todo coerente. A obra é reflexo do homem, e o homem, centro do universo, é reflexo de Deus.”, in Literatura e Alquimia, Lisboa, 1987, p. 8). Na ficção, sob o influxo de Pessoa, assume o romance “como género meditativo sem chegar ao romance-ensaio, elegíaco sem cair no domínio da prosa poética, de narração fragmentada e governada pela temporalidade interior sem por isso se integrar nos domínios do experimentalismo ou dos fluxos caóticos da consciência”. (SEIXO, Maria Alzira – Portugal, A Terra e o Homem, 2.a série, Lisboa, 1983, p. 411). Na dramaturgia, estreou-se em 1974 com um volume de teatro de tendência experimental, Teatro Aberto, onde reuniu doze exercícios dramáticos.
Inédita em português, esta obra é constituída por um conjunto de poemas alquímicos colocados sob a égide de Thoth, deus egípcio tido como pai da Arte Hermética. Os poemas surgem com reprodução fac-simile do original francês, acompanhados da tradução, comentários e notas de Yvette K. Centeno. Em adenda, reproduz-se o poema Post-scriptum, de 1972.
De pendor tradicional pelo estilo, das estrofes destes Sete Cânticos de Thoth emana um profundo significado simbólico e hermético, fruto — como nota Yvette Centeno, na introdução — da “condensação de um saber que já só a palavra poética pode exprimir completamente”.O livro inclui, como chave de apoio à sua decifração, 21 lâminas extraídas das seguintes obras alquímicas:
* Atalanta Fugitiva (Atalanta Fugiens, 1617), de Michael Maier.
* Tratado da Pedra Filosofal (De lapide philosophico, 1677), de Lambsprinck.
* Rosário dos Filósofos (Rosarium philosophorum, 1550), texto anónimo.Sobre o autor
Étienne Perrot (1922-1996) nasceu em Audierne e fez os seus estudos de Letras na Universidade da Sorbonne em Paris. Manifestou desde cedo grande interesse por questões espirituais e herméticas. Como diz num apontamento autobiográfico: Depois de ter lido os místicos e os esoteristas, o que foi que me levou à alquimia, em 1956? A exigência de uma via própria de realização, mas acima de tudo de uma via que desenvolvesse as possibilidades fundamentais do ser humano, permitindo que as levasse a bom termo. Perrot acreditava que “os sinais têm um cunho universal, são mais do que pertença de cada um, e não devem por isso ser retirados ao mundo”.
A ele se deve a tradução para francês de toda a segunda fase da obra de Jung, em cuja linha Étienne Perrot exerceu a sua actividade de psicólogo.
Yvette K. Centeno, então em Paris, em trabalho de investigação, recebeu do autor o original do conjunto de poemas agora dado a público quando, já de regresso a Portugal, deixou de frequentar os célebres seminários de Perrot, que lhe tinham sido sugeridos por Henri Michaux.Da sua obra, destacam-se os seguintes títulos:
- La Voie de la Transformation d’après C.G. Jung et l’alchimie, 1970.
- Les Rêves et la Vie, 1979.
- Coran Teint, le Livre Rouge, 1979.
- Les Trois Pommes d’Or (Commentaire sur l’Atalante fugitive de Michel Maïer), 1981.
- L’Aurore Occidentale- Libres méditations sur le Lever de l’Aurore, 1982.
- La Consolation d’Isaïe, 1982.
- Des Étoiles et des Pierres. Méditation sur la voie alchimique, 1983.
- Le Jardin de la Reine, 1985.
- De Dieu aux dieux – un chemin de l’accomplissement, 1989.
- Chronique de la vie liberée, 1990.
- Mystique de la Terre, 2002.
Para lá de uma imensa lista de obras de Carl Gustav Jung e de Marie-Louise von Franz, traduziu o Tao Te King, o I King, Le Secret de la Fleur d’or, Atalante Fugitive, Le Rosaire des philosophes.
É, ainda hoje, difícil ter a exacta percepção daquilo que devemos a Étienne Perrot na ponte que soube estabelecer entre o depósito da sabedoria tradicional e hermética, na civilização europeia, e os tesouros imemoriais afins, no Extremo Oriente e no Oriente Médio.